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Governo cria comissão para traçar rumos da ciência

O neurocientista Miguel Nicolelis será o presidente da comissão de estudos no Ministério da Ciência e Tecnologia

O ministro Aloizio Mercadante convidou o neurocientista Miguel Nicolelis para presidir a comissão (Wikimedia Commons)

O ministro Aloizio Mercadante convidou o neurocientista Miguel Nicolelis para presidir a comissão (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 15 de fevereiro de 2011 às 10h58.

Brasília - O neurocientista Miguel Nicolelis, um dos cientistas brasileiros de maior prestígio na atualidade, presidirá uma comissão de estudos no Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) com o objetivo de traçar os rumos da ciência e inovação no País a longo prazo.

O convite foi feito pelo ministro Aloizio Mercadante, criticado por Nicolelis em recente entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo. “Não fica bem para a ciência brasileira um ministério tão importante virar prêmio de consolação para quem perdeu a eleição”, afirmou, referindo-se à indicação de Mercadante para a pasta. Polêmico, Nicolelis havia criticado também a falta de interlocução com o governo. “Em oito anos, nunca fui chamado para dar uma opinião no ministério”, disse, fazendo referência ao governo Lula.

A Comissão do Futuro, como será conhecida sua comissão no MCT, será formada por cientistas, educadores, filósofos e nomes de relevância mundial nos campos da ciência e do pensamento.

“Neste momento, estou convidando as pessoas para compor a comissão. Faremos um relatório que será apresentado ao governo. Mas o objetivo será pensar e propor caminhos, metas e diretrizes de longo prazo para a ciência. Será algo inédito na história científica do Brasil”, disse Nicolelis. O neurocientista é professor da Universidade Duke, na Carolina do Norte (EUA).

Outra atribuição do trabalho de Nicolelis na comissão será sugerir meios para massificar o conhecimento de ponta no País, com ampliação do acesso à formação científica. Ele defende a criação de polos de ciência em regiões com baixo índice de desenvolvimento humano. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
 

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