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Fórmula genética universal fez animais serem monógamos durante milênios

Os pesquisadores definiram a monogamia em animais como a existência de vínculo de casal com um companheiro durante pelo menos uma temporada de acasalamento

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EFE

Publicado em 15 de janeiro de 2019 às 17h27.

A monogamia apareceu nas espécies animais durante milênios por uma fórmula genética universal que afeta o funcionamento do cérebro, segundo um estudo publicado na revista científica "Proceedings of the National Academy of Sciences".

Uma equipe da Universidade do Texas (EUA) analisou dez espécies de animais vertebrados e determinou que "um tipo de fórmula genética universal" transformaria os animais não monógamos em monógamos ao apagar "certas atividades no seu cérebro" e ativar outras.

"Nosso estudo abrange 450 milhões de anos de evolução, que é o tempo desde o qual todas estas espécies compartilharam um ancestral comum", disse Rebecca Young, pesquisadora associada no Departamento de Biologia Integrativa da Universidade do Texas em Austin e primeira autora do estudo publicado hoje.

Os pesquisadores definiram a monogamia em animais como a existência de vínculo de casal com um companheiro durante pelo menos uma temporada de acasalamento no qual o trabalho de criar descendentes e defender os jovens dos predadores e outros perigos é compartilhado.

Em sua pesquisa os cientistas ainda consideraram os animais como monógamos se ocasionalmente se acasalaram com outros, mas cumpriam as demais premissas.

Os pesquisadores estudaram cinco pares de espécies estreitamente relacionadas e representativas de cada fase na evolução dos vertebrados: quatro mamíferos, duas aves, duas rãs e dois peixes, cada um com um membro monógamo e um não monógamo.

Assim, compararam a expressão genética nos cérebros masculinos de todos os animais para determinar quais mudanças ocorreram em cada uma das fases evolutivas entre aqueles que geraram vínculos sociais próximos e os que não o fizeram.

Apesar da complexidade da monogamia como comportamento, indica o estudo, os cientistas descobriram que as mesmas mudanças sempre ocorreram e se davam de forma ordenada para produzir comportamentos sociais complexos.

"A maioria das pessoas não esperaria que ao longo de 450 milhões de anos que as transições a comportamentos tão complexos - como a monogamia - acontecessem da mesma maneira todas as vezes", disse Rebecca.

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