Genética: os cientistas descobriram que, em média, o filho herda 40% do índice de massa corporal dos pais, sendo que cada metade vem de um genitor (Thinkstock)
Da Redação
Publicado em 2 de março de 2017 às 16h36.
Última atualização em 2 de março de 2017 às 16h37.
Hoje, 220 milhões de crianças e adolescentes no mundo estão acima do peso. E a tendência é que a epidemia só se agrave ainda mais: a Federação Mundial de Obesidade diz que essa quantidade vai pular para os 268 milhões em menos de dez anos.
O alerta pede, principalmente, uma melhor na alimentação e o aumento das atividades físicas no dia a dia, mas um novo estudo da Universidade de Sussex mostra que dá para atribuir boa parte da estrutura corporal ao fator hereditário – especialmente para quem é gordinho.
Os cientistas descobriram que, em média, o filho herda 40% do índice de massa corporal dos pais, sendo que cada metade vem de um genitor.
O curioso é que, nas crianças mais magras, o fator paternal era menos relevante. Só 20% do IMC parecia ser herdado dos pais.
Já nos gordinhos, essa taxa chegava facilmente aos 60%: “O efeito parental é mais do que o dobrado nas crianças obesas, comparadas às mais magras”, explica Peter Dolton, coordenador da pesquisa.
Os mais de 100 mil voluntários-mirins da investigação estavam distribuídos entre seis países: Estados Unidos, Inglaterra, China, Indonésia, Espanha e México.
Os resultados foram consistentes em todas essas regiões: “Nossas evidências vêm de locais com padrões diferentes de nutrição — de uma das populações mais obesas, caso dos Estados Unidos, até as duas menos obesas, que são China e Indonésia”, exemplifica.
Dados como esse sugerem que a genética — e não só o padrão alimentar da família— exercem uma influência considerável no surgimento da obesidade. O que, claro, está longe de anular as consequências do sedentarismo e de exagerar regularmente na alimentação.
Este conteúdo foi publicado originalmente em Saúde.