Planeta Terra (Freepik)
Redação Exame
Publicado em 10 de julho de 2025 às 15h30.
Última atualização em 10 de julho de 2025 às 15h48.
Um fenômeno pouco comum está previsto para ocorrer nesta sexta-feira, 11, quando a Terra deverá acelerar sua rotação, fazendo com que o dia seja ligeiramente mais curto.
Essa mudança inesperada surpreende cientistas, pois vai contra a tendência recente de desaceleração do giro do planeta observada nos últimos anos.
Essa aceleração pode reduzir a duração do dia em cerca de 1,3 milissegundo, um intervalo tão pequeno que passa despercebido no cotidiano, já que é muito menor que o tempo de um piscar de olhos.
Embora a variação no tempo de rotação seja imperceptível para a maioria das pessoas, ela tem impacto em sistemas que dependem de medições de tempo extremamente precisas, como relógios atômicos, satélites e redes de comunicação, segundo o Serviço Internacional de Sistemas de Referência e Rotação da Terra (IERS)
Esses sistemas podem precisar de ajustes técnicos para manter a sincronização global. A precisão desses sistemas é essencial para garantir o funcionamento adequado de várias tecnologias, como GPS e sistemas de navegação.
As causas desse fenômeno ainda não são totalmente compreendidas, mas especialistas apontam para fatores naturais como terremotos, o derretimento de geleiras, redistribuição de massas no planeta, além de oscilações na posição da Lua e mudanças climáticas, de acordo com o IERS.
Até mesmo atividades humanas em larga escala e variações nos níveis dos oceanos podem influenciar essas pequenas alterações na velocidade da rotação terrestre.
A ciência monitora essas variações por meio de observatórios espalhados pelo mundo, que detectam mudanças milimétricas na rotação da Terra. Modelos matemáticos são usados para analisar as causas e consequências, enquanto boletins técnicos orientam ajustes em equipamentos sensíveis, segundo o IERS.
Em 2025, além do dia mais curto previsto para amanhã, outras datas como 22 de julho e 5 de agosto também devem apresentar dias ligeiramente mais curtos, reforçando que essas oscilações são naturais e frequentes, sem representar riscos para a vida cotidiana