Ciência

FDA aprova novo medicamento para tratar Alzheimer

O medicamento da Eli Lilly retardou a progressão do Alzheimer em 35% ao longo de 18 meses

Quase 7 milhões de americanos têm a doença, segundo associação médica (Getty Images/Getty Images)

Quase 7 milhões de americanos têm a doença, segundo associação médica (Getty Images/Getty Images)

Luiz Anversa
Luiz Anversa

Repórter colaborador

Publicado em 3 de julho de 2024 às 06h41.

A Food and Drug Administration (FDA) aprovou na terça-feira o donanemab, um anticorpo concebido para retardar a progressão da doença de Alzheimer precoce, do laboratório Eli Lilly, para tratamento do Alzheimer, expandindo as opções para o mercado norte-americano.

O medicamento será vendido sob a marca Kisunla para adultos com Alzheimer precoce, segundo a empresa.

Quase 7 milhões de americanos têm a doença, a quinta principal causa de morte em adultos com mais de 65 anos, de acordo com a Associação de Alzheimer. Em 2050, prevê-se que esse grupo aumente para quase 13 milhões nos EUA.

“Este é um verdadeiro progresso. A aprovação de hoje permite às pessoas mais opções e mais oportunidades de terem mais tempo”, disse Joanne Pike, presidente e CEO da Associação de Alzheimer. “Ter múltiplas opções de tratamento é o tipo de avanço que todos esperávamos – todos nós que fomos tocados, até mesmo pegos de surpresa, por esta doença difícil e devastadora.”

Caminho para aprovação

A Eli Lilly enfrentou obstáculos para que o donanemab chegasse ao mercado. A FDA rejeitou a aprovação do medicamento no ano passado devido a dados insuficientes. O processo , então, foi adiado para março. No mês passado, um painel consultivo da agência recomendou a aprovação total do tratamento, dizendo que os benefícios superam os riscos.

O Kisunla competirá com outro tratamento da Biogen e de seu parceiro japonês Eisai, chamado Leqembi, que foi gradualmente implementado nos EUA desde que foi aprovado no ano passado

O medicamento da Eli Lilly retardou a progressão do Alzheimer em 35% ao longo de 18 meses, em comparação com um placebo, de acordo com um ensaio em fase final. Os pacientes conseguiram encerrar o tratamento e mudar para um placebo seis, 12 ou 18 meses depois de atingirem certas metas.

Acompanhe tudo sobre:Mal de AlzheimerRemédiosEli Lilly

Mais de Ciência

Telescópio da Nasa mostra que buracos negros estão cada vez maiores; entenda

Surto de fungos mortais cresce desde a Covid-19, impulsionado por mudanças climáticas

Meteoro 200 vezes maior que o dos dinossauros ajudou a vida na Terra, diz estudo

Plano espacial da China pretende trazer para a Terra uma amostra da atmosfera de Vênus