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Facebook remove contas com campanha de manipulação iraniana

O Facebook aumentou significativamente sua equipe encarregada de eliminar esse tipo de conteúdo da rede social, devido às duras críticas que recebeu

Ilustração do logotipo do Facebook (Dado Ruvic/Illustration/Reuters)

Ilustração do logotipo do Facebook (Dado Ruvic/Illustration/Reuters)

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AFP

Publicado em 1 de fevereiro de 2019 às 16h15.

Última atualização em 1 de fevereiro de 2019 às 16h48.

O Facebook anunciou na última quinta-feira (31) que encerrou uma extensa campanha de manipulação orquestrada pelo Irã e dirigida contra mais de 20 países. A rede social informou que removeu 783 páginas, grupos e contas.

As páginas faziam parte de uma campanha para promover os interesses iranianos em vários países, criando identidades falsas como moradores desses países, de acordo com uma declaração de Nathaniel Gleicher, diretor de política de segurança cibernética do Facebook.

Os operadores "tipicamente representavam locais, geralmente usando contas falsas, e postavam notícias sobre eventos atuais", incluindo "comentários que reaproveitavam reportagens da mídia estatal iraniana sobre temas como as relações Israel-Palestina e os conflitos na Síria e no Iêmen", disse Gleicher.

"Mesmo que as pessoas por trás dessas atividades tenham tentado esconder sua identidade, uma verificação manual nos permitiu vincular essas contas ao Irã", declarou.

Essas atividades foram detectadas em 26 países, muitas vezes com uma população muçulmana significativa, incluindo Afeganistão, Egito, França, Alemanha, Índia, Indonésia, Espanha e Estados Unidos.

Quase 2 milhões de contas seguiam pelo menos uma das páginas em questão, 1.600 participavam de um dos grupos e mais de 254.000 seguiam pelo menos uma das contas do Instagram incriminadas.

O Facebook aumentou significativamente sua equipe encarregada de eliminar esse tipo de conteúdo da rede social, devido às duras críticas que recebeu por sua falta de resposta às manipulações russas em favor da campanha de Donald Trump nas eleições dos Estados Unidos em 2016.

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