Ciência

Fábrica "produzirá" 60 milhões de Aedes transgênicos por semana

É a primeira unidade de produção em grande escala do mosquito geneticamente modificado para combater o Aedes aegypti selvagem

Aedes: o volume semanal é suficiente para tratar áreas urbanas com até 3 milhões de pessoas (Wikimedia Commons)

Aedes: o volume semanal é suficiente para tratar áreas urbanas com até 3 milhões de pessoas (Wikimedia Commons)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 26 de outubro de 2016 às 17h10.

Sorocaba - Uma fábrica com capacidade para produzir 60 milhões de mosquitos Aedes aegypti transgênicos por semana foi inaugurada nesta quarta-feira, 26, em Piracicaba, no interior de São Paulo.

É a primeira unidade de produção em grande escala do mosquito geneticamente modificado para combater o Aedes aegypti selvagem, transmissor da dengue, da zika e da chikungunya.

O volume semanal é suficiente para tratar áreas urbanas com até 3 milhões de pessoas.

A empresa Oxitec investiu R$ 20 milhões no projeto, que ocupa área de 5 mil m² e amplia em 30 vezes a capacidade atual de produção. A empresa já desenvolve desde abril 2015, em parceria com a prefeitura, projeto de controle do mosquito selvagem com o uso do chamado Aedes do Bem.

No Cecap/Eldorado, primeiro bairro tratado, houve diminuição de 82% na população de larvas e de 91% nos casos de dengue - foram 133 de julho de 2014 ao mesmo mês de 2015 e apenas 12 no período seguinte.

Em julho deste ano, o programa foi estendido à região central da cidade e, em setembro, a outros dez bairros, atingindo cerca de 60 mil moradores.

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