. (Gab13/Thinkstock)
São Paulo - Pesquisadores brasileiros desenvolveram uma maneira de identificar o risco de infarto apenas com um exame de sangue, tornando o processo mais rápido e barato. O método permite a identificação enquanto o risco ainda é baixo, ajudando cardiologistas a prevenir os problemas do coração em seus pacientes.
O estudo foi publicado em agosto deste ano na revista PLOS ONE. Nele, pesquisadores do Hospital Israelita Albert Einstein afirmam que o aumento da concentração de duas proteínas no sangue do paciente indica a presença de placas de gordura nas artérias, o que aumenta o risco de infarto.
Atualmente, os cardiologistas utilizam métodos como teste ergométrico e tomografia para detectar as placas de gordura no sangue. Porém, as alterações só são captadas no teste quando o risco já é muito alto, da ordem de 70% a 80% de obstrução. A tomografia, por sua vez, é um exame caro e expõe o paciente à radiação.
Os pesquisadores analisaram o sangue de 30 pacientes saudáveis e o de outros 100 com níveis diferentes de obstrução por gordura. Como as placas formadas no interior das artérias são envolvidas por uma camada de cálcio, a equipe buscou proteínas que atuam na metabolização do cálcio.
As proteínas, chamadas RANKL e MGP têm a função de fixar e retirar o cálcio que envolve as placas, respectivamente. Quando seus níveis estão elevados, os cientistas afirmam que é um indício da presença de gordura no sangue ou mesmo do início do processo de acúmulo. Assim, a vantagem da nova técnica é a capacidade de detectar as placas enquanto ainda estão começando a se formar.
Os médicos querem agora realizar mais pesquisas com um número maior de amostras para comprovar a descoberta.