Ciência

EUA irão dar pílulas anticovid para imunossuprimidos que testarem positivo

O remédio da Pfizer, Paxlovid, será oferecido gratuitamente caso infectado tenha alguma vulnerabilidade

Joe Biden: presidente dos Estados Unidos lança a iniciativa "Teste para tratar" (Ken Cedeno/CNP/Bloomberg/Getty Images)

Joe Biden: presidente dos Estados Unidos lança a iniciativa "Teste para tratar" (Ken Cedeno/CNP/Bloomberg/Getty Images)

LP

Laura Pancini

Publicado em 3 de março de 2022 às 10h24.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, afirmou na última terça-feira, 1, que qualquer norte-americano imunossuprimido ou que apresente alguma vulnerabilidade poderá receber o remédio anticovid da Pfizer, o Paxlovid, caso teste positivo para o coronavírus.

O medicamento poderá ser obtido gratuitamente em qualquer farmácia ou posto de saúde ainda este mês. A empresa farmacêutica está trabalhando para entregar 1 milhão das pílulas em breve, seguido de 2 milhões no próximo mês.

“Estamos lançando a iniciativa ‘Teste para tratar’ para que as pessoas possam fazer o teste em uma farmácia e, caso seja positivo, receber pílulas antivirais no local sem custo”, disse Biden durante discurso.

O posicionamento do democrata é coerente com o do Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), que recentemente liberou a obrigatoriedade de uso de máscaras em público.

Com quase 80% da população totalmente vacinada e uma queda no número de casos após a onda da Ômicron, os EUA agora acham meios de conviver com a doença da pandemia.

Países da Europa como França, Reino Unido, Espanha e Dinamarca já decretaram que a covid será tratada como uma endemia em seus territórios, e Biden parece estar lentamente seguindo um caminho similar.

“Não posso prometer que uma nova variante não virá. Mas posso prometer que faremos tudo ao nosso alcance para estarmos prontos se isso acontecer”, disse o presidente. Ele ainda afirmou que, caso uma cepa surja, o país tem capacidade de implantar novas vacinas em 100 dias.   

O que é o Paxlovid?

O remédio anitcovid da Pfizer age bloqueando uma enzima que impede o coronavírus de se replicar no corpo humano. Ele é administrado por via oral.

Nos estudos clínicos, o Paxlovid foi 89% eficaz na prevenção da hospitalização entre pessoas que corriam o risco de desenvolver doenças graves, se forem tratados dentro de três dias após o início dos sintomas.

A Anvisa recebeu pedido para uso emergencial do Paxlovid em fevereiro. A agência terá até o dia 16/03 para avaliar estudos e emitir um parecer em relação à eficácia da pílula.

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