Ciência

Estudo sugere relação de tipo sanguíneo com vulnerabilidade ao coronavírus

A pesquisa preliminar indica que pessoas com tipo sanguíneo A são mais suscetíveis ao contágio

 (Pixabay/Reprodução)

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Lucas Agrela

Lucas Agrela

Publicado em 20 de março de 2020 às 14h53.

Última atualização em 20 de março de 2020 às 16h00.

Um estudo que ainda precisa de revisão da comunidade científica sugere que as pessoas com sangue tipo A são mais vulneráveis ao novo coronavírus do que os indivíduos que têm outro tipo sanguíneo.

Conduzidos por Wang Xinghuan, professor na Universidade de Wuhan Zhongnan, os pesquisadores investigaram o tipo sanguíneo de 2.173 pessoas contaminadas pelo vírus em três hospitais na China, dois em Whuran (epicentro da pandemia) e um em Shenzhen. Eles compararam as pessoas contagiadas com as que são saudáveis das mesmas regiões.

Entre os 1.775 pacientes do Hospital Wuhan Jinyintan, 38% tinham sangue tipo A, enquanto o número de pessoas com esse tipo sanguíneo entre o grupo de pessoas saudáveis era de 32%. Ou seja, o número de pessoas com a doença contagiosa com sangue tipo A é acima da média da população regional.

O estudo preliminar mostra ainda que 41% das 206 mortes levadas em conta nesse estudo foram de indivíduos com sangue tipo A.

A conclusão do estudo é que as pessoas com tipo sanguíneo A são mais suscetíveis ao contágio do vírus, enquanto as pessoas com sangue do tipo O têm menos risco de contraí-lo. Enquanto 34% da população local tinha sangue tipo O, 25,8% das pessoas diagnosticadas com o novo coronavírus tinham esse tipo sanguíneo.

O estudo ainda não pode ser considerado como um guia para a prática clínica, uma vez que tem limitações e que requer o processo de aprovação da comunidade científica (chamado peer review), que atesta a qualidade do método utilizado e se os resultados podem ou não ser considerados.

Em todo caso, os mesmos cuidados para conter o contágio do novo coronavírus valem para pessoas com qualquer tipo sanguíneo.

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