Ciência

Estudo identifica mais de 100 genes que determinam a cor do cabelo

Pesquisadores britânicos conseguiram localizar novos genes responsáveis pela coloração do cabelo, após analisar o DNA de quase 300 mil pessoas

Cabelo: pesquisa recente mostra que 124 genes estão envolvidos no desenvolvimento da cor do cabelo (Thinkstock/Thinkstock)

Cabelo: pesquisa recente mostra que 124 genes estão envolvidos no desenvolvimento da cor do cabelo (Thinkstock/Thinkstock)

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EFE

Publicado em 16 de abril de 2018 às 15h44.

Londres - Uma equipe de cientistas identificou 124 genes que contribuem para determinar a cor do cabelo, uma descoberta que ajuda a entender doenças vinculadas à pigmentação, segundo um estudo divulgado nesta segunda-feira pela revista "Nature".

A descoberta, feita por especialistas do King's College de Londres e do Centro Médico Erasmus de Roterdã, amplia o conhecimento sobre doenças de pele, sobre alguns tipos de câncer, como os de ovário e próstata, e é relevante também para a medicina legal.

Estudos anteriores determinaram que uma alta porcentagem da variação da cor do cabelo consiste em fatores hereditários e, além disso, foi identificada uma dúzia de genes.

No entanto, o novo estudo vai além por ter conseguido localizar genes desconhecidos até então, após analisar o DNA de quase 300 mil pessoas de descendência europeia, junto com a informação fornecida por eles mesmos sobre a cor do cabelo.

Ao comparar as contribuições recebidas com a informação genética, a equipe identificou 124 genes envolvidos no desenvolvimento da cor, dos quais mais de cem tinham desconhecida a influência na pigmentação.

"Este trabalho terá um impacto em vários campos da biologia e da medicina. Como o maior estudo genético já realizado, melhorará o nosso entendimento de doenças como o melanoma, uma forma agressiva de câncer de pele", afirmou o cientista Tim Spector, líder do grupo de especialistas, do King's College de Londres.

Os genes que afetam a cor do cabelo também se manifestam em outros tipos de câncer, segundo constataram os pesquisadores. Segundo Spector, o trabalho ajuda a entender a diversidade humana "ao mostrar como os genes implicados na pigmentação sutilmente se adaptam ao ambiente externo e inclusive às interações sociais durante a nossa evolução".

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