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AFP
Publicado em 20 de abril de 2019 às 05h55.
Última atualização em 20 de abril de 2019 às 05h55.
Cientistas revelaram que as mulheres podem julgar se um homem é infiel só de olhar para o rosto dele, mas os homens são menos capazes de identificar uma mulher traidora.
Pesquisadores da Universidade da Austrália Ocidental reuniram um grupo de 1.500 pessoas e mostraram imagens de 189 adultos caucasianos (101 homens e 88 mulheres), tendo perguntado-lhes antes se tinham sido infiéis com seus parceiros.
Os entrevistados foram então solicitados a classificar esses rostos em uma escala de 1 a 10, em que 1 significa "nem um pouco provável de que seja infiel" e 10 "extremamente provável".
O resultado, publicado na revista Royal Society Open Science, foi que "tanto homens quanto mulheres foram precisos ao avaliar a probabilidade dos homens, mas não das mulheres, traírem e roubarem o parceiro de outro".
Os cientistas queriam analisar não apenas se homens e mulheres poderiam identificar uma possível infidelidade um no outro, mas também se era possível detectar um possível "ladrão de parceiro" do mesmo sexo.
Eles citaram pesquisas mostrando que 70% das pessoas em mais de 50 culturas relataram uma tentativa de roubar o parceiro de outra pessoa e 60% disseram que tiveram sucesso.
Os resultados "não foram o esperado", os cientistas admitiram. Os homens foram capazes de identificar possíveis 'caçadores furtivos' entre outros homens, mas mesmo quando outras mulheres estavam julgando, a fêmea da espécie era inescrutável.
"Homens e mulheres mostraram uma precisão acima da média para os rostos masculinos, mas não para os rostos das mulheres. Portanto, a infidelidade percebida pode, de fato, conter algum núcleo de verdade nos rostos masculinos", escreveram os cientistas.
De acordo com a pesquisa, isso se resume principalmente à masculinidade percebida, embora os pesquisadores tenham se deparado com outro resultado inesperado, sugerindo que não são os homens mais bonitos os que mais traem.
"Surpreendentemente, embora os homens mais atraentes tenham sido classificados como mais infiéis, eles eram menos propensos a se envolver na caça de parceiros alheios", disse o estudo.