Ciência

Estudo de Oxford indica imunidade de, ao menos, seis meses ao coronavírus

A análise com dados de 12 mil pessoas ajuda a entender melhor a resposta imune para a covid-19

Abs COVID-19 structure - 3d rendered image structure view on black background. 
Viral Infection concept. MERS-CoV, SARS-CoV, ТОРС, 2019-nCoV, Wuhan Coronavirus.
Design element. RNA. High resolution. (koto_feja/Getty Images)

Abs COVID-19 structure - 3d rendered image structure view on black background. Viral Infection concept. MERS-CoV, SARS-CoV, ТОРС, 2019-nCoV, Wuhan Coronavirus. Design element. RNA. High resolution. (koto_feja/Getty Images)

Lucas Agrela

Lucas Agrela

Publicado em 20 de novembro de 2020 às 13h06.

Última atualização em 20 de novembro de 2020 às 13h17.

Um novo estudo conduzido pela Universidade de Oxford, no Reino Unido, com 12 mil pessoas, indica que a imunidade ao novo coronavírus dura, ao menos, seis meses. Ou seja, quem já teve covid-19 provavelmente estará protegido de uma reinfecção por um semestre. "Esta é uma notícia realmente boa, porque podemos ter certeza de que, pelo menos no curto prazo, a maioria das pessoas que teve covid-19 não a terá de novo", afirma David Eyre, professor do Departamento de Saúde Populacional de Nuffield em Oxford, um dos líderes do estudo, segundo a Reuters.

A conclusão do estudo de Oxford está em linha com outro estudo divulgado há algumas semanas e traz novas evidências a respeito da imunidade ao coronavírus, ainda que não seja uma análise conclusiva sobre o assunto.

No estudo, que ainda não foi analisado por pares (um importante processo de validação na comunidade científica), os testes de anticorpos indicaram que 1.246 participantes tinham criado anticorpos contra a covid-19. Durante o período do estudo, de abril a novembro, somente três pessoas foram reinfectadas pelo novo coronavírus. No entanto, elas não apresentaram sintomas.

O levantamento de Oxford aponta ainda que, entre 11.052 pessoas analisadas, apenas 89 sem anticorpos tiveram quadros de covid-19 com manifestação de sintomas, enquanto outros 76 tiveram quadros infecciosos assintomáticos.

Apesar do estudo ter uma das maiores amostragens em testes de imunização, ainda não está claro para os pesquisadores de Oxford qual porcentagem das pessoas infectadas efetivamente criam anticorpos contra a covid-19. O esforço da comunidade científica mundial para entender a covid-19 ainda não acabou.

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