A disseminação do novo coronavírus de humanos para cães e gatos pode ser mais frequente do que se imaginava (Joseph Eid/AFP/Getty Images)
Segundo uma pesquisa recente, o coronavírus se tornou comum em cães e gatos de estimação cujos donos contraíram a covid-19. A revelação veio de um estudo apresentado no Congresso Europeu de Microbiologia Clínica e Doenças Infecciosas (ECCMID, na sigla em inglês), que investigou a influência do contato entre humanos e seus animais de estimação em relação ao contágio pelo Sars-CoV-2.
Para aferir a constatação, os pesquisadores se valeram de testes feitos em 310 pets em 196 lares diferentes. Entre os testados, seis gatos e sete cachorros tiveram resultados de qPCR positivos, e outros 54 animais já possuíam anticorpos contra o coronavírus. No entanto, a maioria dos animais ficaram assintomáticos ou com manifestações leves da doença.
Uma análise brasileira feita em abril já mostrava o mesmo cenário. No estudo feito pelo Hospital Naval Marcílio Dias, localizado no Rio de Janeiro, foram examinados 251 cães e 60 gatos de São João de Meriti, na região metropolitana do Rio.
O levantamento registrou uma taxa de positividade de 11,25% em 311 pets – 19 cachorros e seis gatos testaram positivo para a doença.
O alerta que ambas as pesquisas levantam é de que exista a chance de que cães e gatos sirvam como agentes transmissões do vírus, mas ainda faltam dados.