Ciência

Estudo aponta eficácia de dose única da vacina em quem já teve covid-19

Estudo com 110 voluntários mostrou que pacientes recuperados da covid-19 desenvolveram mais anticorpos com apenas uma dose das vacinas da Pfizer e da Moderna

Vacina da Moderna: O desempenho dos previamente infectados foi superior também ao de pessoas que receberam duas doses das vacinas (Craig F. Walker/The Boston Globe/Getty Images)

Vacina da Moderna: O desempenho dos previamente infectados foi superior também ao de pessoas que receberam duas doses das vacinas (Craig F. Walker/The Boston Globe/Getty Images)

AB

Agência Brasil

Publicado em 13 de março de 2021 às 15h44.

Pesquisadores da Escola de Medicina Icahn em Nova Iorque, nos Estados Unidos, desenvolveram um estudo publicado no periódico acadêmico New England Journal of Medicine apontando a eficácia da aplicação de uma dose das vacinas da Pfizer e da Moderna em pacientes que já tiveram covid-19.

O estudo, publicado na forma de carta e não como artigo revisado, analisou 110 participantes de um teste clínico, sendo que um grupo já havia tido diagnóstico positivo de covid-19 e outro que ainda não havia sido contaminada pelo vírus.

Os participantes que já haviam tido covid-19 desenvolveram mais rapidamente anticorpos com uma dose. Já os não infectados previamente tiveram baixa resposta na criação de anticorpos até o 12º dia depois da vacinação, a sua maioria após este período.

O desempenho dos previamente infectados foi superior também ao de pessoas que receberam duas doses das vacinas adotadas na pesquisa. Neste grupo, a aplicação da 2ª dose não revelou mudanças significativas no sistema imunológico contra o vírus.

Os pesquisadores também avaliaram os efeitos colaterais. Eles foram maiores nos participantes que já haviam contraído covid-19, mas em nenhum dos casos houve eventos adversos que levassem à hospitalização.

“Nós descobrimos que uma dose das vacinas gerou rápida resposta em participantes soropositivos [do novo coronavírus], com níveis de anticorpos similares ou superiores a participantes soronegativos que receberam duas doses. Mas se uma dose destas vacinas provê proteção efetiva em soropositivos ainda requer investigação”, concluem os autores.

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