Ciência

Este projeto ajuda a reduzir a desigualdade de gênero na ciência

Página reúne o contato de fontes relacionadas à ciência no mundo todo para entrevistas e palestras

Cena do filme "Estrelas Além do Tempo" (2016), que conta a história das cientistas Katherine Johnson, Dorothy Vaughan e Mary Jackson (Facebook/Hidden Figures/Reprodução)

Cena do filme "Estrelas Além do Tempo" (2016), que conta a história das cientistas Katherine Johnson, Dorothy Vaughan e Mary Jackson (Facebook/Hidden Figures/Reprodução)

São Paulo - A desigualdade de gênero é um problema em muitos campos de trabalho. Na ciência, o quadro é igualmente grave. Só no Brasil, apenas 25% das bolsas de pesquisa da categoria mais alta vão para as mulheres, segundo levantamento da organização Gênero e Número feito em 2017. Atenta à questão, uma iniciativa pretende colocar as cientistas espalhadas pelo mundo literalmente no mapa, apresentando de maneira visual a distribuição das profissionais pelo mundo.

Pense na última vez em que você viu um painel ou foi a um evento comandado apenas por homens. Provavelmente, não faz muito tempo. No Facebook, a página “Aqui só fala homem branco” ironiza a situação, divulgando chamadas de eventos ou fotos de palcos totalmente masculinos e excludentes às mulheres e às pessoas negras. A ausência de diversidade chama cada vez mais atenção em um momento permeado por muitas iniciativas que tentam alterar o cenário.

Chamada “500 Women Scientists” (500 Mulheres Cientistas, em português), a organização por trás do projeto que mapeia as mulheres é uma das que pretende reduzir a desigualdade de gênero na ciência, que se deve a muitos fatores, sendo um deles a sub-representação feminina nos espaços de discussão. A principal ferramenta do site é a página “Request a Woman Scientist" (“Solicitar Uma Cientista”, em português), que apresenta um mapa interativo para que jornalistas, organizadores de conferências e outros obtenham rapidamente detalhes de contato de mulheres cientistas em vários campos.

A ferramenta permite filtrar por área do conhecimento, grau de estudo da profissional, país e região, além da busca por palavras-chave. O resultado exibe uma lista com nome e e-mail das cientistas.

Cientistas brasileiras ao alcance

No Brasil, a ONG feminista Think Olga mantém desde 2014 o projeto “Entreviste Uma Mulher” um repositório de contatos de mulheres da academia, que estão disponíveis para dar entrevistas ou participar de eventos sobre seu campo de estudo. A planilha conta com mais de 150 nomes e o processo de cadastro de uma nova fonte é bastante simples.

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