Missão a Marte: equipe prepara sonda que viajará por sete meses até chegar ao planeta vermelho (Mohammed Bin Rashid Space Center/Divulgação)
Da Redação
Publicado em 27 de junho de 2020 às 12h17.
Última atualização em 29 de junho de 2020 às 15h38.
Nem só entre Estados Unidos e Rússia se dividem os astronautas: missões espaciais podem ser enviadas até mesmo por países de menor porte.
Com uma população que não chega a 10 milhões de habitantes (compatível ao tamanho do estado de Pernambuco), os Emirados Árabes Unidos se preparam para enviar uma missão a Marte.
O lançamento deve ocorrer no próximo dia 15 de julho, em uma viagem que vai durar cerca de sete meses.
O orbitador de Marte foi desenvolvido pelo Centro Espacial Mohammed Bin Rashid, com sede em Dubai, em parceria com o Laboratório de Física Atmosférica e Espacial da Univesidade do Colorado, nos EUA. A chegada da sonda a Marte está prevista para fevereiro de 2021, e as análises da atmosfera marciana devem ter início no segundo semestre do mesmo ano.
A ideia é ter um primeiro panorama do clima de Marte ao longo do ano marciano.
Viagens espaciais estão em voga em 2020. Em maio, a SpaceX, empresa doe Elon Musk, enviou dois astronautas americanos para o espaço. Programado para 27 de maio, o lançamento teve de ser adiado por más condições de tempo. A decolagem foi feita com sucesso três dias depois.
A missão fez parte de uma tentativa de colocar os Estados Unidos novamente na vanguarda do lançamento de astronautas para o espaço. Foi a primeira vez, depois de quase uma década, que uma missão tripulada foi enviada a partir do território americano.
O envio de objetos a Marte não é uma exclusividade dos Emirados Árabes Unidos. Outros 15 objetos já foram enviados ao planeta vermelho, a maioria sob ação dos Estados Unidos e da Rússia. Nenhum astronauta, no entanto, pisou em Marte: apesar dos diversos planos de enviar uma missão tripulada, a ideia ainda se resume a obras de ficção científica.