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Entidades do campo discutirão pautas tradicionais com Dilma

Objetivo dos encontros, segundo Gilberto Carvalho, é ouvir as avaliações e sugestões das entidades sobre o atual momento do país


	Além dos movimentos campesinos, Dilma receberá, na próxima semana, representantes dos povos indígenas, lideranças religiosas evangélicas, ativistas da cultura digital, entidades que discutem a reforma política, organizações de mulheres e o movimento negro
 (REUTERS / Ueslei Marcelino)

Além dos movimentos campesinos, Dilma receberá, na próxima semana, representantes dos povos indígenas, lideranças religiosas evangélicas, ativistas da cultura digital, entidades que discutem a reforma política, organizações de mulheres e o movimento negro (REUTERS / Ueslei Marcelino)

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Da Redação

Publicado em 4 de julho de 2013 às 19h48.

Brasília - Convidados para uma reunião com a presidente Dilma Rousseff , movimentos sociais e entidades do campo, como o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) e a Via Campesina vão aproveitar o encontro para discutir pautas tradicionais dos grupos, como reforma agrária e restrição aos transgênicos.

Dilma receberá os movimentos ligados à terra amanhã (6) em reunião no Palácio do Planalto, dando continuidade à série de encontros que tem feito com organizações da sociedade civil após a onda de manifestações que tomaram as ruas do país.

O objetivo dos encontros, segundo o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, é ouvir as avaliações e sugestões das entidades sobre o atual momento do país.

Os movimentos anunciaram que levarão a Dilma demandas específicas. Em carta divulgada hoje (4), as entidades listam dez pontos que serão apresentados durante a reunião. Entre as reivindicações estão mais agilidade da reforma agrária, desapropriação de terras vendidas a estrangeiros, banimento de agrotóxicos proibidos em outros países, revisão da liberação de transgênicos e maior controle do desmatamento.

No documento, assinado pelo MST, pela Contag, Via Campesina e Federação Nacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras na Agricultura Familiar (Fetraf), também estão listadas as demandas pela construção de escolas rurais, mudanças na legislação tributária que beneficiam empresas agrícolas exportadoras e a retirada do regime de urgência para a votação do projeto do Código de Mineração, que tramita no Congresso Nacional.

“No campo, há uma enorme dívida social e as desigualdades são cada vez maiores. As terras se concentrando nas mãos dos latifundiários e de empresas estrangeiras. Os bens da natureza, estratégicos, como terras, águas, florestas, minérios, estão sendo privatizados e entregues ao controle de grandes empresas”, diz o texto.

As organizações também manifestam apoio às reivindicações das ruas por redução nas tarifas de transporte público, melhoria dos serviços de saúde, de educação e pela democratização dos meios de comunicação. “As lutas exigem mudanças estruturais. As lutas sociais são legítimas e somente elas podem melhorar as condições de vida do nosso povo”, avaliam.

Além dos movimentos campesinos, Dilma receberá, na próxima semana, representantes dos povos indígenas, lideranças religiosas evangélicas, ativistas da cultura digital, entidades que discutem a reforma política, organizações de mulheres e o movimento negro.

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