Ciência

Encontrado em Portugal crânio humano de 400 mil anos

Fóssil tem bom estado de conservação e difere morfologicamente de outros exemplares de neandertais encontrados na Europa

Crânio: o fóssil é o mais antigo já descoberto no país, e representa um importante achado para se entender o surgimento da vida na região no Pleistoceno Médio (Javier Trueba/Reprodução)

Crânio: o fóssil é o mais antigo já descoberto no país, e representa um importante achado para se entender o surgimento da vida na região no Pleistoceno Médio (Javier Trueba/Reprodução)

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Da Redação

Publicado em 14 de março de 2017 às 16h53.

Um grupo de pesquisadores da Universidade de Lisboa encontrou um crânio humano de 400 mil anos no complexo arqueológico de Almonda, região central de Portugal.

O fóssil é o mais antigo já descoberto no país, e representa um importante achado para se entender o surgimento da vida na região no Pleistoceno Médio.

O nome dado ao crânio, Aroeira 3, pode ser explicado por seu local de origem. Fruto de uma expedição na Gruta da Aroeira, o exemplar foi encontrado em 14 de julho de 2014, de acordo com o líder da expedição, João Zilhão, em entrevista ao jornal português Público.

No mesmo local, explorado pelo grupo desde 1987, haviam sido achados dois dentes, batizados com os números 1 e 2.

Por conta de sedimentos de rocha estarem muito presos ao crânio, optou-se por mover o material ao Centro de Investigação sobre Evolução e Comportamento Humanos, centro de pesquisa paleontológica de Madrid. O fóssil lá permaneceu sendo preparado por dois anos.

Fósseis de neandertais com características morfológicas próximas, mas não exatamente idênticas ao Aroeira 3, foram encontrados em países como Espanha, França e Itália. Sua datação, apesar de imprecisa, sugere a diversidade da vida humana no período.

Na Gruta da Aroeira, a equipe encontrou também materiais que potencialmente pertenciam a estes indivíduos, como machadinhas de pedra.

O estudo que detalha os resultados do grupo foi publicado na revistas científica Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS).

O fóssil integrará uma exposição da evolução humana do Museu Nacional de Arqueologia na capital Lisboa, a partir de outubro deste ano.

(Com informações do jornal Público).

Este conteúdo foi originalmente publicado no site Superinteressante.

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