Estrelas: espanhóis descobrem estrela de 13,5 bilhões de anos na Via Láctea (Ye Aung Thu/AFP)
Victor Caputo
Publicado em 10 de fevereiro de 2018 às 16h21.
Última atualização em 10 de fevereiro de 2018 às 16h22.
Se você acha que o Sol é uma estrela velha, com 4,6 bilhões de anos, saiba que ele é um jovem serelepe perto de Jo815+4729. A estrela, descoberta por cientistas espanhóis, nasceu 300 milhões de anos depois do Big Bang e ostenta 13,5 bilhões de anos.
Se você está se perguntando como a descoberta foi feita (já que é falta de educação sair por aí perguntando a idade de pessoas e estrelas), os pesquisadores se basearam no tipo de elementos químicos que formam a estrela. “Identificar e caracterizar quimicamente estes tipos de estrelas irá iluminar o entendimento sobre a evolução de materiais químicos da galáxia e sobre a natureza das primeiras estrelas”, escreveram os autores no paperpublicado no periódico Astrophysical Journal Letters.
O que determina a idade é a quantidade de elementos químicos pesados. Quanto mais o tempo passa, mais elementos leves e menos pesados. Jo815+4729 (ou ‘Jô’ para os íntimos), por exemplo, carrega pouquíssimos elementos mais pesados que hidrogênio e hélio, e uma quantidade tão pequena de ferro (muito comum em estrelas novas) que nem pode ser medida.
O astro, porém, têm companheiros de geração até mais rodados: SMSS Jo313-6709 (ou ‘Jojô para os íntimos), descoberta por um time australiano em 2014, é ainda mais velha, com 13,6 bilhões de anos.
Este texto foi publicado originalmente no site Superinteressante.