Elon Musk: para o bilionário, a única forma de salvar a humanizade é "colonizar o espaço". (Bloomberg / Colaborador/Getty Images)
Mariana Martucci
Publicado em 11 de junho de 2021 às 15h57.
Em 1953, um cientista previu que um homem chamado 'Elon' levaria humanos a Marte e se coroaria como o 'Imperador Marciano'. Em outubro deste ano, Elon Musk, CEO e fundador da SpaceX, afirmou que em 2024 humanos poderiam colocar os pés no planeta vermelho.
Para o bilionário, a única maneira de salvar o futuro da humanidade é colonizando o espaço. "Se tornarmos a vida multiplanetária, pode chegar um dia em que algumas plantas e animais morram na Terra, mas ainda estejam vivos em Marte", tuitou Musk em 17 de abril.
If we make life multiplanetary, there may come a day when some plants & animals die out on Earth, but are still alive on Mars
— Elon Musk (@elonmusk) April 17, 2021
O que Musk provavelmente não sabia é que seu destino já estava traçado. Não nas estrelas, mas no papel. Em 1953, foi publicado um livro que previa planos para um "Elon" levar humanos a Marte. Em 30 de dezembro, Musk citou uma frase popular de "Young Frankenstein" no Twitter: "Destino, destino. Para mim, não há como escapar disso".
Destiny, destiny
No escaping
that for me— Elon Musk (@elonmusk) December 30, 2020
Apesar da frase ter origem ficcional, a citação é, na verdade, referindo-se a ideias sobre a predestinação, em que a vida de cada ser humano já está predeterminada por desígnio divino ou por questões genéticas.
Postar isso no Twitter levou a uma revelação surpreendente: um usuário do Twitter, Toby Li, respondeu o tuíte de Musk: "Falando sobre destino, você sabia que um livro de Von Braun de 1953 referia-se a uma pessoa chamada Elon que traria os humanos para Marte? Muito maluco."
Destiny, destiny
No escaping
that for me— Elon Musk (@elonmusk) December 30, 2020
O livro a que ele se refere é "Projeto de Marte: um conto técnico", escrito por Wernher Von Braun, um engenheiro astronáutico e arquiteto espacial alemão-americano, de acordo com o Gizmodo.
Seu livro de não ficção não é um ensaio padrão: ele usa uma narrativa para explicar ao leitor comum como uma viagem a Marte seria na Guerra Fria.
O problema é que a explicação do usuário não foi totalmente precisa. Em seu livro, Von Braun não diz que uma pessoa chamada Elon levaria a humanidade a Marte, mas sim que o nome da posição do líder seria "Elon".
O fato foi esclarecido por outro usuário do Twitter, Pranay Pathole, que publicou o trecho do livro em inglês.
Segundo a narrativa, "o governo marciano era dirigido por dez homens, cujo líder foi eleito por sufrágio universal por cinco anos e intitulado 'Elon'. Duas casas do Parlamento promulgaram as leis a serem administradas por Elon e seu gabinete." Em uma atualização temporária de seu perfil no Twitter, Musk se autoproclamou imperador de Marte.