Ciência

Eclipse com superlua: entenda o fenômeno que vai acontecer nesta quarta

No Brasil, o eclipse será penumbral ou parcial, e muito difícil de ser observado porque começará no momento em que a superlua já estará se pondo no horizonte

Melhor ponto de visão do fenômeno no Brasil será na parte oeste (Alexander Rieber/Getty Images)

Melhor ponto de visão do fenômeno no Brasil será na parte oeste (Alexander Rieber/Getty Images)

AB

Agência Brasil

Publicado em 25 de maio de 2021 às 17h25.

Última atualização em 25 de maio de 2021 às 17h34.

A noite de hoje, 25, terá novamente a chamada superlua, nome dado ao satélite natural quando alcança seu ponto de maior proximidade com a Terra. O evento astronômico será ainda mais interessante em algumas localidades, porque virá acompanhado do eclipse lunar que ocorrerá a partir das 5h47 desta quarta-feira, 26, no horário de Brasília.

De acordo com a Agência Espacial dos Estados Unidos (Nasa), o eclipse será total no oeste dos Estados Unidos e do Canadá, em todo o México e na maior parte da América Central e do Equador, bem como no oeste do Peru e no sul do Chile e da Argentina.

Também poderá ser visto em sua totalidade no leste da Austrália e da Nova Zelândia e nas ilhas do Pacífico, incluindo o Havaí. No Brasil, o eclipse será penumbral ou parcial, muito difícil de ser observado porque começará no momento em que a superlua já estará se pondo no horizonte.

“A boa notícia é que a superlua desta noite, com apogeu às 22h50, poderá inspirar as pessoas a acordar cedo para acompanhar, ainda que de forma online, o eclipse total por meio da página do Observatório Nacional no YouTube”, disse à Agência Brasil a astrônoma e pesquisadora do Observatório Nacional Josina Nascimento.

“Quando a Lua entra na penumbra, temos um eclipse penumbral, quando entra em parte da umbra, temos um eclipse parcial e, quando entra totalmente na umbra, temos o eclipse total, quando a Lua fica ainda mais linda e avermelhada”, explicou a astrônoma.

Segundo Josina, o melhor ponto de visão do eclipse no Brasil será na parte a oeste do país, onde, por algum momento, ele será parcial. “Quanto mais a oeste, melhor será visto. No eclipse penumbral, não conseguimos perceber a diminuição da luminosidade da Lua a olho nu”, acrescentou.

De acordo com Josina, eclipses não são eventos astronômicos tão raros. “Tivemos um, inclusive recente, em 2019. O eclipse da Lua ocorre de uma a três vezes por ano, e todo eclipse da Lua ocorre em lua cheia, e a lua cheia de perigeu ocorre de uma a quatro vezes por ano”. Segundo a Nasa, o último eclipse lunar ocorrido durante uma Superlua ocorreu há seis anos.

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