Máscara: acessório não prejudica performance em atividade física (JOSEP LAGO/AFP via Getty Images/Getty Images)
Lucas Agrela
Publicado em 22 de novembro de 2020 às 15h19.
Última atualização em 22 de novembro de 2020 às 15h20.
Se você sente dificuldade de respirar durante uma atividade física, como uma corrida ou uma volta de bicicleta, a culpa não é da máscara contra o novo coronavírus. É o que sugere um novo estudo de revisão publicado na última semana sobre o uso de máscaras durante exercícios físicos. A análise concluiu que não existem evidências sobre a redução da capacidade pulmonar durante uma atividade de alta intensidade. Em vez disso, o que acontece é um aumento da percepção de dificuldade para respirar.
Publicado no periódico científico Annals of the American Thoracic Society, o estudo considerou o uso de diferentes tipos de máscaras, como a N95, considerada a mais segura, a cirúrgica e a de tecido. Vale notar, entretanto, que pessoas com doenças cardiopulmonares podem ter mais falta de ar ao usar a máscara do que as pessoas saudáveis, dependendo de caso.
Em todos os estudos relevantes publicados até o momento sobre o uso de máscaras, foi constatado o menor risco de infecção pelo novo coronavírus quando todos de um mesmo ambiente estão usando máscaras protetoras.
Em outro estudo publicado neste mês, pesquisadores analisaram dados de14 homens e mulheres que usaram máscaras com duas ou três camadas de proteção ou máscara cirúrgica descartável durante uma atividade física. A conclusão foi que não houve diferença significativa em termos piscológicos ligados ao desempenho da atividade, embora tenha sido constatado um mínimo impacto na oxigenação muscular e sanguínea.
Com as academias musculação entre os ambientes mais propícios para o contágio do novo coronavírus, especialistas indicam que a atividade física deve ser praticada ao ar livre e sempre de máscara.