Ciência

Dois satélites quase batem enquanto passam sobre os EUA

Os "veículos" envolvidos são um telescópio espacial lançado em 1983 e um satélite experimental americano de 1967

Satélites: eles estavam a uma velocidade combinada de 53.000 quilômetros por hora na hora do incidente (AFP/AFP)

Satélites: eles estavam a uma velocidade combinada de 53.000 quilômetros por hora na hora do incidente (AFP/AFP)

A

AFP

Publicado em 30 de janeiro de 2020 às 12h52.

Última atualização em 30 de janeiro de 2020 às 17h33.

Dois satélites fora de serviço quase colidiram no espaço nesta quarta-feira (29) enquanto passavam sobre os Estados Unidos a uma velocidade combinada de 53.000 quilômetros por hora.

Os satélites, um telescópio espacial lançado em 1983 e um satélite experimental americano de 1967, viajam em órbitas opostas e se "cruzaram sem incidentes", disse à AFP um porta-voz do Comando Espacial dos Estados Unidos.

A passagem dos artefatos ocorreu às 20h39 de Brasília, cerca de 900 quilômetros acima da cidade americana de Pittsburgh, após especialistas anunciarem que havia um risco de impacto entre 1% e 5%, considerado alto na comunidade espacial.

Essas colisões entre satélites que ninguém controla são tão incomuns quanto perigosas porque geram milhares de fragmentos que podem destruir ou danificar satélites ativos.

Em 2009, quando o satélite de comunicação ativo Iridium 33 e o satélite militar russo desativado Cosmos 2251 colidiram, milhares de fragmentos de mais de 10 cm voaram poluindo as órbitas dos outros aparelhos.

O telescópio espacial IRAS era um projeto conjunto da Nasa, do Reino Unido e da Holanda e esteve em operação por 10 meses. Segundo um banco de dados da Agência Espacial Europeia (ESA), pesa uma tonelada.

Já o satélite experimental americano GGSE-4 foi lançado pela Força Aérea dos Estados Unidos e é leve (85 kg), mas tem uma forma incomum: é muito fino (60 cm), mas tem 18 metros de comprimento e se move verticalmente .

Acompanhe tudo sobre:Estados Unidos (EUA)Satélites

Mais de Ciência

Cientistas criam "espaguete" 200 vezes mais fino que um fio de cabelo humano

Cientistas conseguem reverter problemas de visão usando células-tronco pela primeira vez

Meteorito sugere que existia água em Marte há 742 milhões de anos

Como esta cientista curou o próprio câncer de mama — e por que isso não deve ser repetido