Do que é feito o asteroide que vale mais que a economia global (NASA / JPL-Caltech / ASU/Reprodução)
Tamires Vitorio
Publicado em 29 de outubro de 2020 às 08h44.
Última atualização em 30 de outubro de 2020 às 10h02.
O asteroide Psiquê, que vale mais do que toda a economia global, pode ter uma superfície um pouco diferente dos demais corpos. Isso porque, de acordo com um estudo publicado nesta semana no jornal científico The Planetary Science Journal, ele pode ser feito totalmente de ferro e níquel. Alguns especialistas acreditam que o asteroide pode valer cerca de 10,000 quatrilhões de dólares --- enquanto a economia global foi de cerca de 142 trilhões de dólares em 2019.
A composição do Psiquê, se confirmada, pode o tornar único entre os demais asteroides metálicos, uma vez que eles possuem apenas uma certa quantidade de ferro, não sendo feitos 100% do elemento químico.
Para os cientistas, o Psiquê pode ser, na verdade, um planeta que falhou durante sua transformação, ou seja, um protoplaneta. Uma das possibilidades, segundo a cientista Tracy Becker, autora do estudo, é a de que o "planeta fracasso" foi atingido por outro objeto no sistema solar durante sua mudança, o que fez com que ele perdesse seu manto e sua crosta.
O estudo foi feito com o telescópio Hubble e foi feita uma observação de dois pontos específicos em sua rotação para conseguir enxergar os dois lados do asteroide, o observando também com raios ultravioleta a fim de conseguir mais detalhes sobre a sua superfície.
O Psiquê está a uma distância de cerca de 370 milhões de quilômetros da Terra, orbita o Sol entre Marte e Júpiter e a Nasa já tem uma missão para explorá-lo em breve. O estudo pode servir como um conhecimento adicional em relação ao misterioso asteroide.
A ideia da Nasa, que deve enviar um foguete da SpaceX ao protoplaneta em agosto de 2022, é entender como o centro de um planeta realmente é. O orbitador deve chegar ao Psiquê em 2026.
O espaço pode esperar.