Sol: cientistas descobrem o último segredo da estrela (KTSDESIGN/SCIENCE PHOTO LIBRARY/Getty Images)
Tamires Vitorio
Publicado em 28 de junho de 2020 às 15h01.
Última atualização em 28 de junho de 2020 às 15h02.
Cientistas podem ter descoberto o último detalhe que faltava no quebra-cabeça de como a fusão nuclear é capaz de fortalecer o Sol. A descoberta foi feita por meio dos neutrinos (partículas sem carga elétrica, conhecidas como as partículas mais leves da matéria) e confirma as teorias antigas de que parte da energia solar é feita de reações em cadeia envolvendo núcloes de carbono e nitrogênio.
O processo, de acordo com os pesquisadores, faz a fusão de quatro prótons (partículas subatômicas de carga positiva) para formar um núcleo de hélio. Com isso, dois neutrinos são liberados, bem como outras partículas subatômicas e quantidades gigantescas de energia. A reação entre carbono e nitrogênio, no entanto, não é a única fusão do Sol e produz apenas 1% de sua energia total --- mas pode ser a principal fonte de energia em estrelas maiores, segundo a revista científica Nature.
Os pesquisadores descobriram isso por meio do Borexino, detector de neutrinos que opera na Itália, e representa um marco para o detector, que deve ser fechado já no próximo ano. O último segredo do sol é que os neutrinos de três etapas distintas de uma reação, chamada de cadeia de proton-proton, é a responsável por grande parte das fusões solares.
A descoberta ainda não passou pelo processo de peer review, ou seja, ainda não foi revisada por outros especialistas da área.