Nasa quer mandar um campo magnético para o espaço e instalá-lo entre Marte e o Sol (NASA Goddard Space Flight Centre/Reprodução)
Da Redação
Publicado em 7 de março de 2017 às 10h10.
Última atualização em 7 de março de 2017 às 15h42.
A história de Marte tem um enredo mais triste que os filmes que concorreram ao Oscar em 2017. Isso porque o Planeta Vermelho já foi parecido com o nosso: quentinho, úmido e cheio de ar. Agora, a Nasa tem um plano para estimular a natureza a “reabilitar” nosso vizinho.
A agência quer mandar um campo magnético para o espaço e instalá-lo entre Marte e o Sol.
Tudo isso para combater os vilões da tragédia marciana: os ventos solares. Poderosos e destrutivos, especialmente quando o Sol era mais jovem (ah, a puberdade…), eles transformaram Marte no deserto que é hoje.
A atmosfera marciana era densa, cheia de gás. Com isso, o efeito estufa ajudava a aquecer o planeta e a água podia existir em estado líquido.
Tudo isso era protegido da radiação e das partículas destruidoras do Sol por um campo magnético, como aquele que protege a Terra hoje.
Mas o campo magnético de Marte entrou em colapso há 4 bilhões de anos, pouco tempo depois de o planeta ter se formado. Meio bilhão de anos depois, os ventos solares já estavam fazendo estrago.
Foi como furar um pneu: o ar de Marte começou a vazar, a pressão atmosférica foi para o espaço (literalmente). Por conta dessa baixa pressão, a água evapora a 10ºC no Planeta Vermelho – o que impede a existência de água líquida estável por lá.
Mas e se desse para reverter esse problema todo? Cientistas da Nasa tentaram no ponto em que tudo começou a dar errado, a perda do campo magnético.
E começaram a criar simulações: o que aconteceria se um novo campo magnético surgisse para proteger Marte dos ventos solares que continuam agredindo a superfície?
Este conteúdo foi originalmente publicado no site da Superinteressante.