Ciência

Dados sobre vacina de Oxford devem mostrar que ela dá imunidade a idosos

Vacina está na lista da Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma das mais promissoras no mundo para combater a pandemia

Vacina: vacina de Oxford com a AstraZeneca é baseada em uma versão modificada do adenovirus de chimpanzés (Athit Perawongmetha/Reuters Business)

Vacina: vacina de Oxford com a AstraZeneca é baseada em uma versão modificada do adenovirus de chimpanzés (Athit Perawongmetha/Reuters Business)

Victor Sena

Victor Sena

Publicado em 26 de outubro de 2020 às 08h03.

Última atualização em 26 de outubro de 2020 às 08h55.

Os resultados dos testes sobre a eficácia da vacina contra a covid-19 desenvolvida pela Universidade de Oxford em parceria com a farmacêutica Astrazeneca devem mostrar que ela produziu imunidade em idosos, de acordo com o jornal Financial Times.  Quer entender a evolução da pandemia e o cenário de reabertura no país? Acesse a EXAME Research.

De acordo com a reportagem do jornal, que teve contato com duas fontes de dentro da pesquisa, a vacina gera anticorpos e células T. As fontes do Financial Times também afirmam que as descobertas ecoam dados divulgados em julho, que mostraram que a vacina gerou "respostas imunológicas robustas" em um grupo de adultos saudáveis, entre 18 e 55 anos.

A vacina está na lista da Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma das mais promissoras no mundo para combater a pandemia, que tem vitimado principalmente idosos e pessoas com problemas crônicos de saúde. No Brasil, até o momento, aproximadamente 8.000 voluntários já tomaram as duas doses da proteção e outros 2.000 devem tomá-la até o fim das pesquisas.

Os resultados dos testes de fase 3 da vacina devem ser divulgados até o final do ano e a vacina deve ser aprovada para uso emergencial caso se prove eficaz e segura.

A vacina de Oxford com a AstraZeneca é baseada em uma versão modificada do adenovirus de chimpanzés, e visa evitar a replicação do vírus no organismo humano, de modo a evitar sintomas da covid-19 e reduzir o número de mortes causadas pela doença infecciosa.

Quem terá prioridade para tomar a vacina?

Nenhuma vacina contra a covid-19 foi aprovada ainda, mas os países estão correndo para entender melhor qual será a ordem de prioridade para a população uma vez que a proteção chegar ao mercado. Um grupo de especialistas nos Estados Unidos, por exemplo, divulgou em setembro uma lista de recomendações que podem dar uma luz a como deve acontecer a campanha de vacinação.

Segundo o relatório dos especialistas americanos (ainda em rascunho), na primeira fase deverão ser vacinados profissionais de alto risco na área da saúde, socorristas, depois pessoas de todas as idades com problemas prévios de saúde e condições que as coloquem em alto risco e idosos que morem em locais lotados.

Na segunda fase, a vacinação deve ocorrer em trabalhadores essenciais com alto risco de exposição à doença, professores e demais profissionais da área de educação, pessoas com doenças prévias de risco médio, adultos mais velhos não inclusos na primeira fase, pessoas em situação de rua que passam as noites em abrigos, indivíduos em prisões e profissionais que atuam nas áreas.

A terceira fase deve ter como foco jovens, crianças e trabalhadores essenciais que não foram incluídos nas duas primeiras. É somente na quarta e última fase que toda a população será vacinada.

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