Confusão: a Coronavac não é recomendada para crianças e gestantes. (Breno Esaki / Agência Saúde/Divulgação)
Ao manipular os fracos as vacinas para coronavírus e gripe, uma técnica em enfermagem acabou vacinando com Coronavac, e por engano, 18 adultos, entre eles uma gestante, e mais 28 crianças, em Itirapina.
O erro só foi percebido ontem (15) pela prefeitura local, um dia após o ocorrido. Segundo informou em nota a Secretaria de Saúde do município, a campanha de imunização contra a gripe começou na segunda-feira (12).
Já pensando no conflito que as vacinações simultâneas poderiam causar, a primeira etapa da vacina contra gripe, que geralmente começa pelos idosos, foi destinada esse ano a crianças entre 6 meses e 6 anos; gestantes; puérperas; povos indígenas e trabalhadores da saúde. Foi nesse período de manejo das duas vacinas que ocorreu o engano. Segundo apurou a TV Globo, a imunização trocada das 46 pessoas aconteceu durante toda a terça-feira (13).
O problema é que a CoronaVac, assim como a vacina da AstraZeneca/Oxford — os dois imunizantes em uso no país —, não é recomendada para gestantes e menores de 18 anos. O Instituto Butantan, que faz o envase da CoronaVac, afirmou no início da vacinação contra o novo coronavírus no Brasil, em meados de janeiro, que a aplicação da vacina para gestantes e menores de 18 anos ainda estava em análise.
A Secretaria de Saúde de Itirapina afirma que comunicou todos os vacinados sobre o engano e disponibilizou uma equipe médica para acompanhá-los por duas semanas. Apesar de não haver conclusões, especialistas consultados pela prefeitura afirmaram que o erro não traz riscos para a saúde dos envolvidos. A Prefeitura de Itirapina ainda diz que já atendeu 26 vacinados hoje, incluindo a gestante, e não foram constatadas anormalidades.