Ciência

Covid: 4ª dose de vacina não impede infecção por Ômicron, indica estudo

Estudo foi realizado em um dos principais hospitais de Israel, o Sheba Medical Center

Profissional de saúde prepara uma dose da vacina da Pfizer/BioNTech contra a covid-19 (AFP/AFP)

Profissional de saúde prepara uma dose da vacina da Pfizer/BioNTech contra a covid-19 (AFP/AFP)

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Reuters

Publicado em 17 de janeiro de 2022 às 14h54.

Última atualização em 18 de janeiro de 2022 às 18h42.

Uma quarta dose da vacina contra a Covid-19 aumenta os anticorpos para níveis ainda mais altos do que a terceira dose, mas provavelmente não é suficiente para prevenir infecções pela variante Ômicron do coronavírus, de acordo com um estudo preliminar realizado em Israel.

O Centro Médico Sheba em Israel administrou uma segunda dose de reforço em um estudo com sua equipe e está estudando os efeitos da dose da vacina da Pfizer em 154 pessoas após duas semanas, e do reforço com o imunizante da Moderna em 120 pessoas após uma semana, afirmou Gil Regev-Yochai, diretor da Unidade de Doenças Infecciosas.

Esse grupo estão sendo comparados com um grupo de controle que não recebeu a quarta dose. Os voluntários no grupo da Moderna haviam recebido três doses da vacina da Pfizer, afirmou o hospital.

A dose adicional levou a um aumento no número de anticorpos "até mesmo um pouco maior do que o que tínhamos após a terceira dose", disse Regev-Yochay.

"Ainda assim, isso provavelmente não é o suficiente para a Ômicron", disse ela a jornalistas. "Sabemos até agora que o nível de anticorpos necessários para proteger e não se infectar com a Ômicron é provavelmente alto demais para a vacina, mesmo se for uma boa vacina."

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As descobertas, que segundo o hospital são as primeiras do tipo no mundo, são preliminares e ainda não foram publicadas.

Israel foi o país que avançou mais rápido em sua vacinação inicial contra a Covid-19 há um ano, e começou no mês passado a aplicar uma quarta dose, ou segundo reforço, para os grupos mais vulneráveis e de alto risco.

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