Repórter
Publicado em 18 de fevereiro de 2025 às 10h12.
Última atualização em 18 de fevereiro de 2025 às 10h27.
O meteorito 2024 YR4 colocou astrônomos e astrofísicos em estado de atenção desde sua descoberta em 27 de dezembro do ano passado.
Segundo análises preliminares, havia 2,3% de chance de impacto com a Terra em 2032, passando a uma distância crítica do planeta. Em meio às previsões, um cientista da NASA indicou quais regiões poderiam ser atingidas.
David Rankin, engenheiro do Projeto Catalina Sky Survey da NASA, apresentou sua hipótese conhecida como “corredor da morte” — uma faixa que atravessa o globo, identificada como a provável rota de colisão do meteorito.
Apesar de a NASA ter reduzido a probabilidade de impacto para 1 em 43, a ameaça foi considerada relevante o suficiente para direcionar alguns de seus principais telescópios ao rastreamento do 2024 YR4. O motivo é a classificação de nível 3 na Escala de Risco de Turim, um indicativo de perigo moderado.
De acordo com os cálculos de Rankin, o possível ponto de queda do asteroide inclui:
O local exato dependerá da posição da Terra no momento da colisão. O asteroide, segundo Rankin, poderia atingir uma velocidade aproximada de 60 mil km/h.
Entre os países potencialmente afetados estão: Índia, Venezuela, Paquistão, Equador, Bangladesh, Etiópia, Colômbia, Sudão e Nigéria. No entanto, especialistas reforçam que não há motivo para alarme, já que a colisão ainda é apenas uma hipótese.
Caso as projeções confirmem a rota de impacto, três soluções estão em estudo:
Essas medidas serão consideradas se a trajetória não sofrer mudanças até 22 de dezembro de 2032, data prevista para um possível choque.
Antes da aproximação crítica em 2032, o 2024 YR4 passará perto da Terra em dezembro de 2028. Essa passagem será fundamental para análise de suas características. Estimativas preliminares, com base no reflexo de sua luz, indicam que ele pode medir entre 40 e 90 metros de largura, informou o jornal La Nacion.
Se houver impacto, o estrago poderá abranger uma área de 2.150 km², aproximadamente 11 vezes o tamanho da cidade de Buenos Aires. O efeito seria comparável ao evento de Tunguska, que devastou uma vasta área da floresta siberiana em 1908.
Para coletar dados mais precisos, a NASA planeja observar o meteorito com o Telescópio Espacial James Webb no início de março. Esse estudo será fundamental, já que telescópios convencionais não conseguem captar com clareza a luz emitida pelo objeto.
Em maio, novas observações com o mesmo telescópio avaliarão possíveis mudanças na posição do meteorito, já que, em abril, ele sairá do alcance dos equipamentos terrestres.