Ciência

Coronavírus se espalhou no fim de 2019 e sofre mutações, diz estudo

O vírus pode ter circulado por algum tempo antes de ter sido detectado, afirmam cientistas

Um técnico monta kits de teste de coronavírus nas instalações de fabricação da Evolve, onde fabricarão ventiladores, em Fremont, Califórnia, EUA,  (Shannon Stapleton/Reuters)

Um técnico monta kits de teste de coronavírus nas instalações de fabricação da Evolve, onde fabricarão ventiladores, em Fremont, Califórnia, EUA, (Shannon Stapleton/Reuters)

Lucas Agrela

Lucas Agrela

Publicado em 6 de maio de 2020 às 14h44.

Última atualização em 6 de maio de 2020 às 19h33.

Um novo estudo feito pelo Instituto de Genética do University College de Londres, no Reino Unido, mostra que o novo coronavírus se espalhou rapidamente pelo mundo no final de 2019. Além disso, o vírus sofreu quase 200 mutações para se adaptar melhor ao organismo humano.

A pesquisa foi feita com base em uma análise genética de 7.500 pessoas que tinham a doença covid-19, causada pelo novo coronavírus.

A hipótese sobre a evolução do vírus é de que ele se adapta à medida que se propaga entre diferentes indivíduos.

"O vírus está mudando, mas isso, por si só, não significa que ele está ficando mais perigoso", afirma o pesquisador genético Francois Balloux, da University College de Londres, para a CNN.

O estudo não pode identificar o local exato do primeiro caso de contágio humano pelo novo coronavírus.

Diferentes estudos indicam que o vírus fez um salto de espécies. Ele era um vírus que infectava morcegos. Outro animal pode ter sido infectado por ele antes de ocorrer o salto para os humanos, mas ainda não há precisão científica conclusiva em relação essa história.

Os cientistas estimam que o vírus esteja circulando mesmo antes de ter sido detectado.

 

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