Ciência

Coronavírus foi encontrado no esgoto de Florianópolis em novembro

Um estudo preliminar feito na UFSC traz o que pode ser a evidência mais antiga do vírus nas Américas

Coronavírus: o vírus pode ter chegado ao Brasil em novembro (Radoslav Zilinsky/Getty Images)

Coronavírus: o vírus pode ter chegado ao Brasil em novembro (Radoslav Zilinsky/Getty Images)

Lucas Agrela

Lucas Agrela

Publicado em 2 de julho de 2020 às 14h22.

Última atualização em 2 de julho de 2020 às 15h22.

O novo coronavírus foi descrito cientificamente apenas em 31 de dezembro de 2019, mas algumas pistas indicam que ele pode ter surgido antes disso. No Brasil, pesquisadores encontraram o vírus em uma amostra de esgoto de novembro de 2019.  O estudo, ainda preliminar, indica que o vírus já estava em Florianópolis, Santa Catarina, mais de um mês antes de ser identificado e anunciado globalmente.

O estudo indica que o novo coronavírus chegou às Américas dois meses antes do que se sabia. O primeiro caso oficialmente reportado foi em 21 de janeiro de 2020, nos Estados Unidos. No Brasil, acreditava-se que o vírus teria chegado entre o fim de fevereiro e o começo de março deste ano.

A nova pesquisa é chamada SARS-CoV-2 in Human Sewage in Santa Catarina, Brazil, November 2019 e é assinada por 14 pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina, da Universidade de Burgos, na Espanha, e da startup brasileira de saúde BiomeHub.

O estudo ainda precisa passar pela revisão de pares, uma validação da comunidade científica que atesta a credibilidade dos dados de uma pesquisa. Vale notar que um estudo semelhante com amostra de esgoto na China indica a presença do novo coronavírus em outubro do ano passado. 

Acompanhe tudo sobre:CoronavírusPesquisas científicas

Mais de Ciência

Cientistas criam "espaguete" 200 vezes mais fino que um fio de cabelo humano

Cientistas conseguem reverter problemas de visão usando células-tronco pela primeira vez

Meteorito sugere que existia água em Marte há 742 milhões de anos

Como esta cientista curou o próprio câncer de mama — e por que isso não deve ser repetido