Ciência

Coquetel de anticorpos da AstraZeneca funciona contra Ômicron em estudo

O coquetel de anticorpos havia sido autorizado no início do mês pela FDA

O tratamento da AstraZeneca, administrado em duas injeções sequenciais, foi projetado para durar de vários meses a um ano (Dado Ruvic/Reuters)

O tratamento da AstraZeneca, administrado em duas injeções sequenciais, foi projetado para durar de vários meses a um ano (Dado Ruvic/Reuters)

AstraZeneca disse nesta quinta-feira, 16, que um estudo de laboratório com seu coquetel de anticorpos contra a covid-19, Evusheld, mostrou que o tratamento manteve atividade neutralizante contra a variante Ômicron do coronavírus, sinalizando perspectivas de um uso mais amplo da terapia.

O estudo foi conduzido por pesquisadores independentes da Agência de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA), disse a empresa, acrescentando que mais análises do coquetel Evusheld contra a Ômicron estão sendo conduzidas pela AstraZeneca e por terceiros, com a expectativa de se terem dados "muito em breve".

O coquetel de anticorpos havia sido autorizado, no início do mês, apenas para adultos e adolescentes que não estão infectados com o novo coronavírus e não foram recentemente expostos a um indivíduo infectado.

A autorização do tratamento, composto por dois anticorpos monoclonais (tixagevimabe e cilgavimabe), marca um passo significativo para a AstraZeneca, cuja amplamente utilizada vacina contra covid-19 ainda não foi aprovada pelas autoridades norte-americanas.

No mês passado, a AstraZeneca fechou acordo para fornecer ao governo dos EUA 700.000 doses do Evusheld, que já havia mostrado reduzir o risco de pessoas desenvolverem quaisquer sintomas de covid-19 em 77% em um teste de estágio final.

Enquanto as vacinas dependem de um sistema imunológico intacto para desenvolver anticorpos direcionados e células que combatem a infecção, o Evusheld contém anticorpos feitos em laboratório projetados para permanecer no corpo por meses para conter o vírus em caso de infecção.

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