Ciência

Continente desaparecido no oceano Pacífico ganha seus primeiros mapas

Chamado Zealandia, oitavo continente tem 5 milhões de quilômetros quadrados, dos quais 94% estão debaixo d'água

Mapas: fornecem um novo contexto para explicar e entender o cenário dos vulcões da Nova Zelândia, limites de placas e bacias sedimentares (GNS Science/Divulgação)

Mapas: fornecem um novo contexto para explicar e entender o cenário dos vulcões da Nova Zelândia, limites de placas e bacias sedimentares (GNS Science/Divulgação)

NF

Natália Flach

Publicado em 25 de junho de 2020 às 11h38.

Um continente escondido debaixo do oceano Pacífico. Pode parecer história de filme, mas não é. O Zealandia foi descoberto por cientistas em 2017, no entanto, só agora conseguiram mapear a sua extensão e seu formato com detalhes. O nome não é por um acaso: o continente perdido fica na região da Nova Zelândia e tem uma área de 5 milhões de quilômetros quadrados, dos quais 94% estão debaixo do oceano.

"Os mapas são uma referência científica - mas mais do que isso. Eles são uma maneira de comunicar nosso trabalho a nossos colegas, partes interessadas, educadores e público”, afirma o geólogo e principal responsável pelos mapas, Dr. Nick Mortimer, em nota. "Criamos esses mapas para fornecer uma imagem precisa, completa e atualizada da geologia da área da Nova Zelândia e do sudoeste do Pacífico - melhor do que tínhamos antes. Eles fornecem um novo contexto para explicar e entender o cenário dos vulcões da Nova Zelândia, limites de placas e bacias sedimentares."

Para os interessados em conhecer o local, é possível visitar o site da TEZ (https://data.gns.cri.nz/tez/) que apresenta uma variedade de mapas, gráficos e outras informações compiladas nos programas de pesquisa da GNS Science. “Os usuários podem ampliar e deslocar em diferentes mapas da web de geociências temáticas da região. Eles podem visualizar e interrogar prontamente os mapas e ativar ou desativar as camadas. Eles também podem consultar recursos nas camadas e gerar seus próprios mapas personalizados ”, diz Vaughan Stagpoole, líder do programa, em nota.

A ideia é que, à medida que mais resultados de pesquisa se tornem disponíveis, o GNS Science atualize os mapas e adicione informações ao site interativo.

Acompanhe tudo sobre:Nova ZelândiaMapas

Mais de Ciência

Por que Napoleão foi derrotado na Rússia? Estudo tem novas respostas

IA desenvolve relógio biológico que mede envelhecimento com precisão

Índia investe em 'semeadura de nuvens' para melhorar a qualidade do ar

Meteoro 'bola de fogo' surpreende ao iluminar o céu do Rio Grande do Sul