Ciência

Conheça o fungo que pode custar até US$ 100 mil dólares o quilo

Usado na medicina oriental, o Yarsagumba é considerado um medicamento de luxo

O preço deste fungo disparou nas décadas de 1990 e 2000 devido ao crescimento da economia chinesa (Eric Lafforgue/Art In All Of Us/Corbis/Getty Images)

O preço deste fungo disparou nas décadas de 1990 e 2000 devido ao crescimento da economia chinesa (Eric Lafforgue/Art In All Of Us/Corbis/Getty Images)

A aparência não é bonita. Há quem diga que o gosto também está longe de ser a agradável. Mas o estranho fungo tibetano Yarsagumba (Ophiocordyceps sinensis) é considerado um parasita de luxo, e por consequência, o mais caro do mundo: um quilo sai por US$ 100 mil – mais de meio milhão de reais.

Mas por que este preço tão exorbitante? Por ser considerado pelos chineses como um ingrediente medicinal poderoso, com capacidades de curar de impotência a câncer, também é tido como afrodisíaco e muitas pessoas acreditam que ele seja capaz de melhorar até mesmo o desempenho nos esportes.

As pessoas também compram o fungo como presente ou o usam para suborno ou como símbolo de status. Como resultado, peças com melhor aparência alcançam um preço mais alto.

Talvez, em nível de dificuldade de ser encontrado, seja mais fácil procurar por ouro, já que a espécie só aparece em larvas de mariposas durante o verão, quando elas trocam de pele e se encontram mais vulneráveis. Mas são mariposas do Himalaia, que vivem em uma altitude de 3.000 a 5.000 metros acima do nível do mar em regiões do Butão, Índia, Nepal e Tibete.

Com um preço assim, ele já se tornou há décadas um motor econômico para as regiões em que aparece. Milhares de pessoas que moram próximo do Himalaia se dedicam à colheita do Yarsagumba. O produto é responsável por mais da metade do orçamento anual de algumas famílias da região.

Acompanhe tudo sobre:ChinaPlantas medicinais

Mais de Ciência

Cientistas criam "espaguete" 200 vezes mais fino que um fio de cabelo humano

Cientistas conseguem reverter problemas de visão usando células-tronco pela primeira vez

Meteorito sugere que existia água em Marte há 742 milhões de anos

Como esta cientista curou o próprio câncer de mama — e por que isso não deve ser repetido