Ciência

Novo caso de ebola contraria declaração da OMS

Dois dias antes do surgimento do caso, a Organização Mundial da Saúde havia declarado o fim do surto da doença no Congo

Ebola: duas em cada três pessoas infectadas não resistem à doença (Olivia Acland/Reuters)

Ebola: duas em cada três pessoas infectadas não resistem à doença (Olivia Acland/Reuters)

RL

Rodrigo Loureiro

Publicado em 14 de abril de 2020 às 11h00.

Última atualização em 14 de abril de 2020 às 11h06.

A República Democrática do Congo registrou um novo caso de ebola apenas dois dias após a Organização Mundial da Saúde ter declarado o fim do surto da doença no país. É o primeiro caso registrado após 52 dias sem novos infectados pela doença.

Segundo informa a Nature, o incidente chama a atenção pois a última contaminação registrada ocorreu no dia 17 de fevereiro, quando uma mulher foi infectada com a doença, mas conseguiu se recuperar. Nos 40 das seguintes, mais de 2 mil pessoas foram testadas para Ebola e nenhum caso havia sido confirmado.

Em junho de 2019, a OMS declarou o ebola como uma emergência de saúde mundial. Além do Congo, outros países da África Ocidental como Libéria, Guiné e Serra Leoa também sofrem com a doença.

Enquanto enfrenta os efeitos da pandemia do coronavírus, o Congo volta suas atenções para o ebola. O país é um dos principais afetados pelo surto que já infectou, segundo a OMS, 3.310 pessoas e fez 2.265 vítimas fatais. Assim, a taxa de fatalidade é de 66%. Ou seja, duas em cada três pessoas infectadas morrem pela doença.

Para efeito de comparação, a taxa de mortalidade da covid-19 é inferior a 10%. Até a manhã desta terça-feira (14), 1,9 milhão de pessoas haviam contraído o novo coronavírus. Do total, foram registradas 120,8 mil mortes.

Acompanhe tudo sobre:CoronavírusEbolaRepública Democrática do Congo

Mais de Ciência

Medicamento parecido com Ozempic reduz sintomas de abstinência de cocaína, revela estudo

Arqueólogos descobrem primeira tumba de faraó em mais 100 anos

Brasil avança no uso de germoplasma e fortalece melhoramento genético

Este é o cão com a mordida mais forte do mundo – e não é o pitbull