Ciência

Compartilhamento de carros deixará estradas mais cheias até 2030

O aumento do número de veículos elétricos e autônomos vai encorajar as pessoas a experimentar o compartilhamento, espera a PwC

Trânsito: os carros autônomos vão fazer alguns trajetos sem nenhuma pessoa a bordo, para pegar passageiros, por exemplo (Joedson Alves/Exame)

Trânsito: os carros autônomos vão fazer alguns trajetos sem nenhuma pessoa a bordo, para pegar passageiros, por exemplo (Joedson Alves/Exame)

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AFP

Publicado em 11 de setembro de 2017 às 16h07.

Um "boom" no compartilhamento de veículos pode reduzir o número de carros nas estradas europeias em 80 milhões até 2030, prevê um estudo publicado nesta segunda-feira.

Mesmo assim, as estradas ficariam mais cheias, apesar da queda de 280 milhões a 200 milhões, estima a consultoria PwC, já que os veículos compartilhados serão usados com frequência muito maior que os particulares.

"Em alguns anos, o padrão atual de a maioria das pessoas dirigirem seu próprio carro vai ser apenas mais um conceito de mobilidade entre tantos outros", afirmou o especialista automobilístico da PwC, Christoph Stuermer.

Os especialistas acreditam que até um em cada três quilômetros viajados em estradas europeias podem usar alguma forma de compartilhamento de carros, prevendo que os serviços vão ficar tão acessíveis no interior quanto nas cidades.

O aumento do número de veículos elétricos e autônomos vai encorajar as pessoas a experimentar o compartilhamento, espera a PwC.

E os carros autônomos vão fazer alguns trajetos sem nenhuma pessoa a bordo, para pegar passageiros, por exemplo.

Veículos compartilhados circulam 58 mil quilômetros ao ano, afirma o estudo, o equivalente a um táxi - comparado a apenas 13.200 quilômetros de um carro particular.

Isso significa que os carros compartilhados serão substituídos mais rapidamente, a cada 3,9 anos, em vez dos 17,3 anos atuais.

A rotatividade mais alta da frota pode disparar o número de novos carros registrados na Europa em 33% até 2030, a 24 milhões unidades.

"Fabricantes e fornecedores vão enfrentar decisões críticas nos próximos anos", alertou Stuermer, já que serão forçados a investir nas novas fábricas e em pequisa e desenvolvimento, mesmo se as margens de lucro caírem e novos concorrentes surgirem.

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