Receptores que ligam seu nariz ao cérebro param de responder à mesma composição de cheiros diária que formam o seu mau cheiro (iStock/Thinkstock)
Da Redação
Publicado em 4 de maio de 2017 às 12h58.
A paranoia do fedor persegue todo mundo, principalmente em dias de calor. Será que o desodorante das 7h ainda está dando conta às seis da tarde? É difícil dizer: seu cérebro é muito ruim em detectar seu próprio cheiro. Mas você pode contornar esse problema usando café.
É mais ou menos como seu nariz: você não está vendo ele enquanto lê esse texto. Mas ele está constantemente no seu campo de visão – o cérebro é que aprendeu a desconsiderá-lo ao interpretar o que seus olhos veem.
O olfato também se adapta. Os receptores que ligam seu nariz ao cérebro param de responder à mesma composição de cheiros diária que formam o seu personalíssimo futum – com exceção dos momentos de odor muito extremos.
Imaginando que você prefira tomar consciência do cheiro antes que ele chegue a esse ponto, existe uma forma de “resetar” o seu olfato e torná-lo mais sensível à você mesmo.
A dica é de Patrick Allan, do Lifehacker, que se baseou em uma tática usada por lojas de perfume. Algumas delas têm grão de café à disposição – e não é só para decoração. Entre um teste e outro de perfume, cheirar os grãos de café ajuda o olfato a diferenciar os dois odores.
Se estiver em dúvida sobre o status da axila, peça uma xícara de café no bar mais próximo. Com ela em mãos, inspire fundo o perfume do café.
O cheiro da bebida é forte e vem de uma única fragância. Com isso, seu nariz consegue dar uma folguinha para os receptores neurais.
Assim como o gengibre é usado na culinária japonesa para limpar o paladar entre um sabor e outro, o café faria o mesmo para cheiros.
E aí seu olfato ficaria um pouco melhor em reconhecer o seu próprio cecê. Só tenha um desodorante em mãos: com grande poderes vêm grandes responsabilidades.
Esta conteúdo foi originalmente publicado no site da Superinteressante.