Ciência

Como a ciência descobriu a composição do Sol sem enviar sondas até lá

Através de espectroscopia, neutrinos e comparações com outras estrelas, cientistas desvendaram o Sol sem precisar visitá-lo

Spring eclipse as viewed from the Solar Dynamics Observatory. Unlike the crisp shadow one sees on the sun during a lunar eclipse, Earth's shadow has a variegated edge due to its atmosphere, which blocks the sunlight to different degrees depending on its density. Also, light from brighter spots on the sun may make it through, which is why some solar features extend low into Earth's shadow. (Thinkstock/Thinkstock)

Spring eclipse as viewed from the Solar Dynamics Observatory. Unlike the crisp shadow one sees on the sun during a lunar eclipse, Earth's shadow has a variegated edge due to its atmosphere, which blocks the sunlight to different degrees depending on its density. Also, light from brighter spots on the sun may make it through, which is why some solar features extend low into Earth's shadow. (Thinkstock/Thinkstock)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 18 de julho de 2025 às 15h03.

A ciência conseguiu desvendar a composição do Sol sem precisar enviar sondas diretamente a sua superfície. Isso foi possível graças a métodos indiretos, ferramentas avançadas e grande engenho científico.

Do que o Sol é feito?

O Sol é composto principalmente de:

  • Hidrogênio (cerca de 74%)
  • Hélio (cerca de 24%)
  • Pequenas quantidades de outros elementos, como oxigênio, carbono, nitrogênio, silício, magnésio, ferro, entre outros.

A composição do Sol é conhecida principalmente graças à análise da luz solar. O método mais importante para isso se chama espectroscopia.

Espectroscopia: decifrando a luz do Sol

Quando a luz solar passa por um prisma ou um instrumento chamado espectroscópio, ela se divide nas cores do arco-íris, formando um espectro. Este espectro não é contínuo, apresentando linhas escuras em certos pontos, chamadas linhas de absorção.

Cada elemento químico absorve luz em comprimentos de onda específicos, criando um padrão de linhas único, como uma impressão digital. Assim, comparando as linhas do espectro solar com as de elementos conhecidos, os cientistas conseguem identificar quais elementos estão presentes no Sol.

“As linhas escuras observadas no espectro solar, conhecidas como linhas de Fraunhofer, são causadas pela absorção da luz solar por elementos presentes na atmosfera do Sol.”

Observação de neutrinos: pistas do núcleo solar

O Sol libera partículas chamadas neutrinos devido às reações nucleares que ocorrem em seu núcleo. Detectores especiais na Terra captam esses neutrinos, ajudando a confirmar as reações nucleares envolvidas e a composição do interior solar.

O Sol é uma estrela típica de nossa galáxia, e os métodos usados para estudar o Sol também são aplicados a outras estrelas. Isso aumenta a nossa confiança nos resultados e permite comparações diretas, o que valida ainda mais o que sabemos sobre a sua composição.

Por que nunca fomos até lá?

O calor extremo e a distância do Sol tornam impossível para qualquer sonda pousar em sua superfície. Nenhuma tecnologia existente conseguiria sobreviver a condições tão adversas.

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