Segundo a Royal Astronomical Society, o cometa é um dos mais fáceis de se ver neste ano. (Getty Images/Getty Images)
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Publicado em 22 de outubro de 2025 às 16h47.
Última atualização em 22 de outubro de 2025 às 16h58.
Um cometa descoberto há poucos meses cruza o céu do Brasil nesta semana e oferece um espetáculo raro para quem estiver em lugares escuros.
O C/2025 A6, chamado de Lemmon, chegou ao ponto mais próximo da Terra nesta terça-feira, 21, a cerca de 90 milhões de quilômetros, e agora segue em direção ao Sol.
Encontrado em janeiro pelo observatório Mount Lemmon, nos Estados Unidos, ele tem uma trajetória tão longa que só volta ao Sistema Solar a cada mil anos. Assim, ao se aproximar do Sol, ele solta gases e poeira, formando um brilho ao redor e uma cauda que se estica pelo espaço.
A cor verde característica vem de moléculas de carbono diatômico e cianogênio, que soltam luz verde quando expostas à luz solar. Essa cor faz dele um dos cometas mais bonitos deste ano, e, segundo a Royal Astronomical Society, será um dos mais fáceis de se ver.
O Lemmon aparece próximo à constelação de Escorpião, ao lado dos planetas Mercúrio e Marte e da estrela Antares. Em locais longe de cidades, dá para vê-lo a olho nu — basta olhar no horizonte oeste logo depois que o sol se põe.
Segundo os especialistas, a melhor época para ver vai até o fim de outubro. Entretanto, a partir do dia 27 ou 28 deste mês, fica ainda melhor. Quem tiver binóculos ou telescópios será contemplado com uma cor verde e a cauda brilhosa em detalhes.
A passagem do cometa coincide com a Lua Nova e com o pico da chuva de meteoros Orionídeos, que possibilita a visualização de dezenas de 'brilhos' no céu da noite.