Lua de Sangue (Dominique Dierick/NASA/Divulgação)
EFE
Publicado em 18 de janeiro de 2019 às 15h07.
Última atualização em 20 de janeiro de 2019 às 01h30.
Madri - A Lua ficará vermelha na madrugada de segunda-feira, no único eclipse total deste satélite na América pelo menos até novembro de 2021, um fenômeno que será melhor visto de áreas altas e afastadas de grandes cidades, onde há muita iluminação artificial.
Popularmente, este tipo de eclipse é conhecido como "Lua de Sangue", mas o certo é que a Lua adquire uma tonalidade avermelhada porque a atmosfera terrestre filtra todos os componentes da luz branca solar e a luz vermelha é a única que chega ao satélite.
Assim explicou à Agência Efe Mario Tafalla, do Observatório Astronômico Nacional espanhol, que ressaltou que é precisamente esta luz vermelha a que faz com que a lua seja vista dessa cor.
Um eclipse lunar ocorre quando a Terra fica localizada entre o Sol e a Lua, bloqueando os raios solares que chegariam ao satélite, e o de segunda-feira coincide com o que é conhecido como "Superlua", embora este não seja um termo astronômico.
Isto ocorre quando, além de estar em fase de Lua Cheia, o satélite terrestre está no seu ponto mais próximo à Terra ou perigeu, detalhou Tafalla, que no entanto adverte que à simples vista uma pessoa não consegue apreciar uma diferença de tamanho.
A América será o continente que gozará de um melhor horário para observá-lo. Além disso, o Caribe é a zona onde o eclipse será mais bem visto. O eclipse também poderá ser visto no oeste da Europa em todas as fases.
Para desfrutar do eclipse não é necessário um telescópio e nem óculos especiais, como ocorre com os eclipses solares.
No entanto, Tafalla afirmou que "o ideal é vê-lo em um lugar escuro, embora a Lua seja muito brilhante e poderá ser vista também nas cidades".
A visibilidade do eclipse também poderia ser afetada pelas previsões meteorológicas de cada região.
Existem outros fatores que podem interferir no eclipse, como os níveis de poluição que podem fazer com que, durante o fenômeno, a Lua seja vista com um tom vermelho mais escuro nas cidades, explicou à Agência Efe Miguel Rodríguez, do canal de divulgação sky-live.tv.
Quem não puder vê-lo têm a opção de acessar o canal de divulgação sky-live.tv, que transmitirá ao vivo o eclipse desde o Observatório do Teide (ilha espanhola no Atlântico) junto ao conhecido divulgador do Youtube José Luis Crespo do canal Quantum Frature no seguinte link.
Os próximos eventos astronômicos de 2019 no mundo incluem também dois eclipses de Sol: um total em 2 de julho que poderá ser visto no sul do Pacífico, (Argentina e Chile), e um em 26 de dezembro que será visto na Ásia e na Austrália, embora os melhores locais para observá-lo será em regiões da Arábia Saudita, Índia, Sumatra, Bornéu e Austrália.
O calendário de eclipses de 2019 inclui um parcial de Lua em 16 de julho, que será observado na América do Sul, Pacífico, Europa e África.
O seguinte eclipse com as mesmas caraterísticas do das desta segunda-feira - lunar total - ocorrerá em novembro de 2021.