Ovelha Dolly: as radiografias mostraram esqueletos normais, sem indícios de osteoartrite "anormal" (Jeff J Mitchell/Reuters)
EFE
Publicado em 23 de novembro de 2017 às 18h45.
Londres - A famosa ovelha clonada Dolly, que morreu em 2003, não sofria de osteoartrite prematura, segundo um novo estudo veiculado nesta quinta-feira no Reino Unido, o que descarta as teorias que indicavam que o processo de clonagem poderia levar a um envelhecimento prematuro e a doenças relacionadas.
Uma equipe de cientistas das universidades de Nottingham (Inglaterra) e Glasgow (Escócia) fez radiografias do esqueleto de Dolly, o primeiro mamífero clonado de uma célula adulta, assim como de sua filha natural Bonnie e de outros dois exemplares clonados, Megan e Morag.
Em todos os casos, as radiografias mostraram esqueletos normais, sem indícios de osteoartrite "anormal", afirmam os autores do estudo, publicado na revista digital "Scientific Reports".
Nascida em 5 de julho de 1996 no Instituto Roslin, em Edimburgo, Dolly morreu em 14 de fevereiro de 2003 de uma doença progressiva do pulmão, antes de completar 7 anos.
Um relatório afirmou que ela tinha osteoartrite no joelho esquerdo, o que levou às hipóteses de que a clonagem seria responsável por esse envelhecimento prematuro.
No entanto, os autores do estudo apresentado hoje consideram que esta teoria não tem fundamento.
"Constatamos que a prevalência e a distribuição radiográfica da osteoartrite é similar à detectada em ovelhas concebidas de forma natural e em nossas ovelhas clonadas saudáveis", afirmou Sandra Corr, especialista da Universidade de Glasgow.
"Em consequência, concluímos que a preocupação original de que a clonagem tinha causado uma osteoartrite prematura em Dolly era infundada", acrescentou a especialista.