Ciência

Clarão misterioso é flagrado em Júpiter por astrônomo amador; veja vídeo

Investigar este tipo de evento ajuda cientistas a compreenderem como a química e a temperatura do planeta respondem a certos impactos

Júpiter: bola de fogo foi avistada no planeta por astrônomo amador.  (Tadao Ohsugi/Reprodução)

Júpiter: bola de fogo foi avistada no planeta por astrônomo amador. (Tadao Ohsugi/Reprodução)

Estadão Conteúdo
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Agência de notícias

Publicado em 19 de setembro de 2023 às 19h22.

O astrônomo amador japonês Tadao Ohsugi conseguiu flagrar uma explosão misteriosa na atmosfera de Júpiter. Ele pediu ajuda ao cientista Ko Arimatsu, da Universidade de Kyoto, para descobrir as causas do fenômeno avistado. Arimatsu, que coordena uma rede de astrônomos amadores, logo conseguiu outros seis relatos do mesmo flash registrado em 28 de agosto por Ohsugi.

Segundo análises iniciais, o flash registrado por Ohsugi foi fruto de um impacto violento - comparável ao chamado evento de tunguska, em 1908, na Sibéria, quando um asteroide que se chocou com a Terra destruiu 800 quilômetros da floresta.

Arimatsu afirmou que o evento flagrado por Ohsugi foi o segundo clarão mais brilhante observado em Júpiter na última década, perdendo apenas para um episódio relatado em 2021, cuja energia estimada teria sido equivalente a de dois megatons de TNT.

Investigar esses eventos ajuda a compreender como a química e a temperatura de Júpiter respondem aos impactos. Colisões semelhantes podem ter sido importantes para dar origem a outros planetas do nosso Sistema Solar.

Os astrônomos se concentram em Júpiter devido ao seu tamanho, que facilita a visão e torna o planeta mais propenso a sofrer o impacto de detritos cósmicos. Por isso mesmo também, Júpiter é um alvo recorrente dos astrônomos amadores. Desde 2010 já foram registrados nove relatos.

Caracterizar estes flashes é uma forma crucial de compreender a história do nosso Sistema Dolar. Eles oferecem "um vislumbre dos processos violentos que ocorreram nos primeiros dias do nosso Sistema Solar", disse ao jornal The New York Times Leigh Fletcher, cientista planetário da Universidade de Leicester, na Inglaterra. É como "ver a evolução planetária em ação", acrescentou.

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