Ciência

Cigarros eletrônicos podem causar mesmas doenças que comuns, diz pesquisa

Quando as pessoas fumam ambos ao mesmo tempo, o que é comum, o risco triplica

Vaper: aqueles que utilizaram vaporizadores tinham 30% mais chances de desenvolver doenças pulmonares (Akn Can _enol / EyeEm/Getty Images)

Vaper: aqueles que utilizaram vaporizadores tinham 30% mais chances de desenvolver doenças pulmonares (Akn Can _enol / EyeEm/Getty Images)

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AFP

Publicado em 16 de dezembro de 2019 às 16h08.

Um estudo que acompanhou 32.000 americanos durante três anos mostra que os consumidores de cigarros eletrônicos aumentaram seu risco de desenvolver as mesmas doenças pulmonares crônicas que os fumantes comuns — apontam resultados publicados nesta segunda-feira (16).

Nos Estados Unidos, estabeleceu-se um vínculo entre vaporizar e uma doença grave que causou 52 mortes neste ano, mas que é muito específica para um tipo de recarga, frequentemente vendidas de forma ilícita e clandestina, que contêm maconha e um ingrediente tóxico, o óleo de vitamina E.

O estudo publicado nesta segunda-feira é mais amplo e estatístico. Mostra que aqueles que utilizaram vaporizadores tinham 30% mais chances de desenvolver doenças pulmonares crônicas como bronquite, asma, enfisema, ou doença pulmonar obstrutiva crônica, em comparação com as pessoas que não usaram.

Quando as pessoas utilizam "vaper" e fumam cigarros ao mesmo tempo, o que é comum, o risco triplica.

"Concluímos que os cigarros eletrônicos são prejudiciais por si mesmos, com efeitos que ocorrem independentemente do consumo de tabaco convencional", disse um dos autores, Stanton Glatz, professor de Medicina e diretor do centro de pesquisa sobre tabaco da Universidade da Califórnia, em São Francisco.

Esse é o primeiro estudo que rastreia os cigarros eletrônicos ao longo do tempo e mostra esse vínculo, segundo os autores, que publicaram seu trabalho na revista American Journal of Preventive Medicine.

Os dados são da pesquisa sobre a população usuária de tabaco e saúde (PATH), que acompanhou 32.000 adultos americanos de 2013 a 2016.

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