Astrônomos registraram a primeira imagem da história de um buraco negro, que está localizado em uma galáxia distante da Terra (Event Horizon Telescope (EHT)/National Science Foundation/Reuters)
Reuters
Publicado em 10 de abril de 2019 às 11h05.
Washington - Uma equipe internacional de cientistas anunciou nesta quarta-feira um marco na astrofísica: a primeira foto de um buraco negro, registrada por uma rede global de telescópios criada para obter informações sobre objetos celestes com campos gravitacionais tão fortes que a luz e a matéria não conseguem resistir.
A pesquisa foi conduzida pelo projeto Telescópio de Horizonte de Eventos (EHT, em inglês), uma colaboração internacional iniciada em 2012 para tentar observar diretamente o ambiente imediatamente no entorno de um buraco negro usando uma rede global de telescópios de base terrestre.
O anúncio foi feito em entrevistas coletivas simultâneas em Washington, Bruxelas, Santiago, Xangai, Taipé e Tóquio.
A imagem revela o buraco negro no centro da Messier 87, uma enorme galáxia no aglomerado de galáxias vizinhas de Virgem. Esse buraco negro reside a cerca de 54 milhões de anos-luz da Terra.
Buracos negros, regiões celestes muito densas, são extraordinariamente difíceis de serem observados apesar de sua grande massa. O horizonte de eventos de um buraco negro é o ponto sem retorno além do qual qualquer coisa — estrelas, planetas, gás, poeira e todas as formas de radiação eletromagnética — é engolida para o esquecimento.