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Cientistas revelam o mapa mais detalhado já feito do fundo do mar; veja a imagem

Em apenas um ano, cientistas avançaram o equivalente a décadas de mapeamento submarino, aproveitando dados de satélite fornecidos pela NASA

Mateus Omena
Mateus Omena

Repórter da Home

Publicado em 19 de dezembro de 2024 às 16h57.

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Cientistas da missão SWOT (Topografia de Águas da Superfície e do Oceano), liderada pela NASA, criaram o mapa mais preciso do fundo do mar. Este avanço promete transformar estudos sobre biodiversidade, placas tectônicas e fenômenos como tsunamis, segundo estudo publicado na revista Science na última semana.

Até agora, o mapeamento submarino dependia de sonares em navios, mas essa técnica, além de cara, cobre apenas entre 200 e 400 metros e conseguiu mapear apenas 25% do fundo do mar, mesmo com iniciativas como o projeto Seabed 2030.

A missão SWOT, uma colaboração entre a NASA e o Centro Nacional de Estudos Espaciais da França (CNES), utilizou dados capturados a partir de satélites em órbita, oferecendo uma visão bidimensional de maior alcance e precisão. Entre abril de 2023 e julho de 2024, cientistas analisaram informações para produzir um mapa com resolução de 8 quilômetros.

Novo mapa do fundo do mar destaca variações de gravidade dos oceanos

Novo mapa do fundo do mar destaca variações de gravidade dos oceanos - Reprodução/SWOT (SWOT/Reprodução)

Segundo Yao Yu, autor do estudo, os dados do SWOT superaram três décadas de pesquisas em apenas um ano. O novo mapa revelou detalhes submarinos inéditos, como cânions, montes e colinas marinhas.

Além disso, o mapa tem um papel crucial para compreender a circulação oceânica e os processos que afetam as temperaturas dos mares e a absorção de CO2. Especialistas elogiaram a iniciativa, considerando-a "um grande salto rumo ao mapeamento completo do planeta".

“Estou impressionado com a capacidade dos cientistas do SWOT em mapear colinas abissais e montes submarinos com uma nitidez nunca antes vista”, afirmou Ole Baltazar Andersen, geofísico da Universidade Técnica da Dinamarca, trabalhou com os autores do estudo.

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