Ciência

Cientistas revelam detalhes surpreendentes sobre as últimas horas do Titanic em réplica 3D; veja

Os registros também confirmam alguns relatos dos sobreviventes

Destroços do Titanic em 3D: imagem sem a água do mar ao redor ajuda os cientistas a entender o acidente   ( Atlantic Productions / Magellan/Divulgação)

Destroços do Titanic em 3D: imagem sem a água do mar ao redor ajuda os cientistas a entender o acidente ( Atlantic Productions / Magellan/Divulgação)

Mateus Omena
Mateus Omena

Repórter

Publicado em 9 de abril de 2025 às 14h37.

Última atualização em 9 de abril de 2025 às 15h03.

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Uma inédita varredura digital dos destroços do Titanic trouxe à tona revelações importantes sobre as últimas horas do transatlântico, que naufragou em 14 de abril de 1912, no Atlântico Norte. As imagens mostram em detalhes como o navio foi danificado após a colisão com um iceberg, sofreu perfurações no casco e acabou se partindo ao afundar. A tragédia resultou na morte de mais de 1,5 mil pessoas.

A reportagem foi divulgada nesta terça-feira pela emissora britânica BBC. A análise faz parte do documentário Titanic: The Digital Resurrection, uma coprodução da National Geographic com a Atlantic Productions. Para recriar o navio em escala real e com máxima precisão, foram registradas mais de 700 mil imagens em diferentes ângulos por meio de robôs subaquáticos. O escaneamento foi concluído há dois anos.

Entre os destaques revelados pela reconstrução em 3D está a sala de caldeiras, onde é possível ver caldeiras deformadas — indicando que ainda estavam em funcionamento no momento em que foram atingidas pela água. Os registros também confirmam relatos de sobreviventes: os engenheiros permaneceram a bordo até o fim, trabalhando para manter o fornecimento de energia e as luzes acesas.

Outro detalhe significativo é a presença de uma válvula aberta no convés da popa, o que sugere que o sistema de geração elétrica ainda operava durante o naufrágio.

Segundo o especialista Parks Stephenson, o esforço da equipe liderada pelo engenheiro-chefe Joseph Bell foi fundamental para salvar vidas. Eles permaneceram em seus postos, garantindo que as caldeiras continuassem funcionando enquanto os botes salva-vidas eram lançados — todos acabaram morrendo no navio.

"Eles mantiveram as luzes e a energia funcionando até o fim, para dar tempo à tripulação de lançar os botes salva-vidas com segurança com alguma luz, em vez de na escuridão absoluta", disse ele à BBC. "Os especialistas mantiveram o caos sob controle o máximo possível, e tudo isso foi meio que simbolizado por esta válvula de vapor aberta ali na popa."

Após o naufrágio, a proa do Titanic afundou de forma vertical, enquanto a popa acabou retorcida e esmagada, transformando-se em um amontoado de metal. De acordo com especialistas, os danos extensos na estrutura do navio foram provocados pelo impacto violento com o fundo do oceano.

As novas imagens também identificaram a destruição de uma escotilha frontal, que, segundo os analistas, pode ter sido arrancada pelo iceberg no momento da colisão. Essa descoberta reforça os relatos de sobreviventes, que afirmaram ter visto o gelo invadindo algumas cabines logo após o choque com a geleira.

Simulações digitais indicam que o Titanic colidiu com o iceberg apenas uma vez, mas o impacto foi suficiente para causar uma sequência de perfurações ao longo de uma faixa estreita do casco. Esses danos específicos, no entanto, não aparecem nas imagens da varredura digital, pois a parte inferior da proa permanece soterrada sob o sedimento no leito marinho.

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