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São Paulo – Usando um acelerador de partículas, cientistas europeus detectaram um sinal que poderia ser de uma partícula com duas vezes a massa de um átomo de carbono, não se encaixando em nenhuma teoria da física conhecida até hoje. Apelidada de “partícula fantasma”, o fenômeno físico pode causar uma ligeira agitação na comunidade científica caso sua existência seja confirmada.
De acordo com os cientistas da Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear (Cern), pode levar mais um ano para confirmarem se a partícula é real ou não, mas, de acordo com o site de divulgação científica Science Alert, a novidade não causará muita coisa além de estranheza. No modelo atual da física nuclear, não há nada capaz de prever a massa da nova partícula, que seria formada por múons (partícula semelhante ao elétron, mais com massa 200 vezes maior) e teria cerca de um quarto da massa do Bóson de Higgs, partícula elementar teoricamente surgida logo após o Big Bang e que ajudaria a explicar a origem do Universo.
Ao longo deste ano, várias descobertas desafiaram as explicações dadas pelo Modelo Padrão da Física de Partículas, formando um conjunto de fatores que deverão contribuir para a revisão dos conceitos tradicionais. Em março, o “skyrimon”, partícula com propriedades semelhantes ao raro fenômeno dos raios esféricos (fluxos de correntes elétricas dentro de uma esfera de plasma) foi notícia na comunidade.
Já em julho foi a vez de os astrônomos anunciarem a descoberta de neutrinos vindos de uma galáxia energética a 4 bilhões de anos-luz de distância. Em setembro, novamente os cientistas sugeriram ter “quebrado” o Modelo Padrão ao detectar neutrinos cósmicos de energia ultra-alta.
A equipe do Cern discute nesta semana os resultados das observações.