Ciência

Cientistas descobrem possível estrutura de proteínas do Alzheimer

A mais comum das doenças neurodegenerativas, o Alzheimer é caracterizado por 2 proteínas anormais que formam lesões ou aglomerados no cérebro

Alzheimer: nos cérebros de pessoas com Alzheimer, a proteína tau se acumula em emaranhados dentro das células (Sebastien Bozon/AFP)

Alzheimer: nos cérebros de pessoas com Alzheimer, a proteína tau se acumula em emaranhados dentro das células (Sebastien Bozon/AFP)

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Reuters

Publicado em 5 de julho de 2017 às 19h20.

Londres - Cientistas revelaram pela primeira vez a estrutura atômica dos filamentos da proteína tau que está presente nos cérebros de pacientes com Alzheimer e disseram que a estrutura pode abrir caminho para o desenvolvimento de novos tratamentos para a doença.

Usando uma técnica conhecida como crio-microscopia eletrônica, uma equipe do Laboratório de Biologia Molecular do Conselho de Pesquisas Médicas do Reino Unido mapeou em detalhes os filamentos tau extraídos do cérebro de um paciente que morreu com Alzheimer.

A mais comum entre as doenças neurodegenerativas, o Alzheimer é caracterizado por dois tipos de proteínas anormais que formam lesões ou aglomerados no cérebro.

A proteína tau forma filamentos dentro das células nervosas e os beta amiloides formam filamentos do lado de fora.

Em cérebros saudáveis a proteína tau normalmente ajuda células do cérebro a funcionarem, mas, nos cérebros de pessoas com Alzheimer, a tau se acumula em emaranhados dentro das células.

"Conhecer quais partes da tau são importantes para formação de filamentos é relevante para o desenvolvimento de remédios", disse Sjors Scheres, que co-liderou a pesquisa.

À medida que diversas companhias farmacêuticas estão usando diferentes partes da tau para testar o efeito de possíveis remédios na formação de filamentos, este novo conhecimento "deve aumentar significativamente a precisão de tais testes", disse.

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